domingo, 7 de fevereiro de 2010

Uma amiga me contou

A garota creceu acreditando que o amor um dia iria bater a sua porta. Para ela qualquer pessoa tinha o direito de amar e ser amado, era apenas uma questão de disposição para se doar ao outro. Não era tolhinha, sabia que nem sempre as coisas dariam certo na primeira ocasião, tinha que haver mais que empatia, cumplicidade, atração... acreditava na magia do amor. O tempo foi passado e ela não tinha pressa, afinal um dia sua hora iria chegar e então o amor iria bater a sua porta, a porta de seu pobre coração. Tadinha, tantas vezes se deixou levar por amores platônicos e sonhos impossíveis, se ela soubesse o tempo que desperdiçou com todos aqueles bobos, teria se dedicado mais a leitura, a escrita, as artes de um modo geral, já que esporte realmente nunca seria seu forte. Adolescente, se apaixomou diversas vezes, mas nunca engrenou um namoro de verdade, foi aí que ela começou a se desiludir com toda essa história, a ver que tudo o que pensava sobre amor e relacionamento eram perfeitos apenas nos livros, nos filmes e raramente na vida real.
Mulher, passou a acreditar que saberia lidar com o ímpeto de encontrar o amor de sua vida, não queria quebrar mais a cara, fato que lhe ocorreu muitas vezes. Não lhe é fácil lsobreviver a perdas, desavenças e mágos. Contudo, lá no fundo de sua alma ainda havia algo do desjo daquela criança encantada com o amor verdadeiro. Acredito que é por isso que ela não se cansa nunca até encontrá-lo.

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