segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Recado às amigas e companheiras

Sim, lembro-me que foi há exatamente dois anos que li, comentei, sugeri e até andei emprestando meu exemplar de "Comer, amar e rezar" para umas amigas. Algumas até se amimaram, compraram e  leram, outras nem se animaram muito e esqueceram o assunto. Num certo encontro de mulherzinhas, combinamos,  que todas leriam e após alguns meses nos reuniríamos com o propósito de comentar nossas impressões pessoais, principalmente no que nos identificamos ou não, contudo referido reencontro não aconteceu. Agora, no momento em que o filme está em cartaz, talvez criemos coragem para nos encontrar finalmente. Mas aviso logo, o filme não é tão compreensível para quem não o leu. Acredito que deva ser confuso entender algumas passagens sem realmete ter acompanhado o que motivou Elizabeth Gilbert a viajar para três lugares tão distintos: Itália, Índia e Indonésia. Fica então minha dica, mais uma vez: leiam o livro, realmente vale muito a pena. Além de ter uma prazerosa leitura poderá se identificar com muitas de nossas questões vividas pela personagem que é a própria autora.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Boa notícia

Uma ótima notícia chamou a atenção do mundo, as manchetes dos jornais não estampavam más notícias ou comentários enfadonhos sobre a disputa eleitoral nacional. Hoje, acordei com uma notícia que me deixou extremamente feliz, um acontecimento que, em meu ponto de vista, comoveu milhões de pessoas pelo mundo, principalmente àquelas que ainda preocupam-se com o bem-estar do próximo. Refiro-me ao resgate dos 33 mineiros chilenos que estavam soterrados a 622 metros de profundidade há 69 dias de sofrimento e apreensão. Essa tragédia mobilizou e uniu pessoas do mundo inteiro (familiares, amigos, técnicos, cientistas, governos e anônimos como eu) numa corrente de esperança e laboriosas técnicas para resgatá-los do subsolo com vida. São esses acontecimentos que nos fazem acreditar que a humanidade está doente, mas tem possibilidades de se curar do egocentrismo e da ignorância de que existem diferenças intransponíveis entre nós.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Intolerância minha

A vida é mesmo uma grande aventura, uma caixa de surpresas (estilo Pandora), um caminho a se trilhar com alguns mapas na cabeça, uma bússola (por vezes desnorteada) na cabeça e no coração, porém sem garantias de chegarmos aos lugares que imaginamos serem certos. Alguns entregam a vida e suas inúmeras escolhas ao destino ou a Deus, acreditando que deste modo, possa estar assegurado um futuro repleto de bem aventuranças. Contudo, agindo assim se eximem da imensa responsabilidade por viver em sociedade. Não moramos numa ilha e não somos auto-suficientes, precisamos das pessoas e elas de nosso trabalho, apoio, respeito, solidariedade, amizade e amor. Infelizmente, mais e mais surgem a nossa frente indivíduos sem essa consciência, individualistas e egocêntricos que atropelam cada vez mais o espaço dos outros como um direito de fato. Como eu os denomino? Os reconheço como: pobres coitados ou seres insignificantes. Deles, quero anonimato e uma longa distância. Mas como sei que manter distância por muito tempo é impossível, melhor é sumir vez em quando.


segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Alice pode estar ao lado.

A leitura sempre foi uma de minhas paixões. Às vezes a tomo como passatempo prazeroso, outra como pesquisa de trabalho de temas que necessito me aprofundar. Não consigo ficar por muito tempo parada sem ter o que fazer em fila de banco, sala de espera de consultórios médicos, dentistas, salão de beleza, oficinas e longas viagens. Inquieta-me ficar a toa, sem ter que o que fazer e ouvir, sem querer, conversas desinteressantes ou esdrúxulas de terceiros que estão por perto. Por esses motivos, sempre ando com um livro na bolsa ou no carro para o caso de alguma “emergência”. E sabem de uma coisa? Esse vicio é bom de mais, não me traz reações adversas e não existe contra-indicações, a não ser que eu esteja sem meus óculos de grau.
Finalmente concluí a leitura do livro autobiográfico de “Hoje sou Alice: Nove personalidades, uma mente torturada” de Alice Jamieson. Digo finalmente por que eu resisti em terminá-lo e explico o motivo. O livro é fantástico, muito bem escrito, mas traz consigo temas muito difíceis de serem digeridos, tais como: abuso sexual e doença mental. Esses temas não estão distantes de minha experiência profissional. Quem me conhece sabe disso. Mas não perdi a sensibilidade inerente ao ser humano diante de atrocidades. Por isso recomendo a sua leitura, principalmente para aqueles que lidam constantemente com o sofrimento psíquico de outrem por ofício. E lembrem-se: existem milhões de pessoas que passam por histórias semelhantes, contudo nunca conseguem resignificá-las por não serem devidamente ouvidas em seus sofrimentos.

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