quinta-feira, 1 de julho de 2010

PARA TI.

Seria uma falácia dizer que sei de você, se já faz um tempo que não nos vemos. Nesses longos meses não conversamos como antes. Fizemos pouquíssimos contatos desde que decidi o que tinha que ser decidido, alguns poucos e-mails e dois ou três telefonemas absolutamente monossilábicos.

Não sei o que aconteceu, mas acredito que não foi nada tão grave que nos faça perder um da vida do outro. Acho que a vida da muitas voltas e nelas há momentos de recolhimento, o que não significam afastamento ou descuido de ambas as partes.

Posso dizer de minha parte que estou bem, tranqüila e ainda preservando em meu peito o mesmo sentimento de bem-querer por ti.

Perder nunca é fácil.

Estava pensando nas mudanças ocorridas recentemente em minha vida. Há exatamente seis meses me vi numa situação em que meus planos tiveram ser reformulados, tendo que manejar com muita segurança e mover com muito cuidado o leme do barquinho que conduzo sobre qualquer maré. Avalio que não perdi a cabeça, não me desesperei, mas sei o quanto foi difícil enfrentar mais uma derrota. Não larguei o leme e me afundei em pleno maremoto por que já passei por diversas tormentas e algumas bem mais avassaladoras. Acontece que quando ansiamos muito por grandes mudanças, as quais atribuímos as coisas mais acertadas para nossa vida naquele momento, que chegou o tempo de baixar as velas por um longo tempo, de respirar aliviada em terra firme simplesmente por estar pela primeira construindo tijolo a tijolo meu próprio castelo, mesmo que ele na realidade seja uma pequena casa com rede na varanda. Porém, minha “Pasárgada”, lugar apenas eu seria rainha.
Mais um sonho que não se concretizou, pensei. Agora é colocar a cabeça no devido lugar, manter os pés bem firmes no chão e respirar longa e profundamente até as águas acalmarem, as nuvens se dissiparem a ponto de ver novamente o norte.

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