segunda-feira, 21 de junho de 2010

FÉRIAS NO CARIRI - PARTE I

Ele não havia despertado tanto interesse nela, pois era uma “meninona”, imatura e desajeitada quando se tratava de conquistas amorosas. Ela o conheceu nas férias de julho no meio de muita festa e diversão na região norte do Ceará. Ele era o amigo do primo de uma amiga. Foi uma semana de muita brincadeira, conversas, banhos de piscina e festas que iam do forró breguérrimo de Assizão à lambada de Beth Menezes, da balada do A-Ha ao Erasure, do som do New Order ao Pink Floyd. Na verdade, a turminha ouvia de tudo sem preconceito, o dia todo sem cansar, e também se divertiam "pra burro", quando não era na piscina  em forma de olho, era numa das varandas da casa, no sítio em Barbalha, no clube do Crato e nas festas que rolavam todas as noites com direito a trio elétrico, forró e lambada. Se a festa não tava lá essas coisas, eles apareciam na boate do hotel e dançavam até o amanhecer. Para aguentar o rojão optavam pelo treiler do Fricote (fricote com ou sem ervilha!) ou pelos quitutes de dona Mariêta (a melhor escolha!). Ele realmente não a interessava, achava que não fazia o seu tipo. Acontecia que nessa época, ela acreditava que tinha um tipo de homem lhe atraia. Ele, por sua vez também não sentia nada pela garota desengonçada e gordinha. Eles se encontraram outras n vezes, mas sempre rolava muita brincadeira. Uma vez, após um show dos Paralamas no Paulo Sarasate, e disso ela não esquece, ele a chamou para ir ao cinema na frente de todos, na época um filme de terror. Ela, acreditando ser mais uma brincadeira prontamente respondeu que não iria nem morta. Se ela não fosse tão acelerada e um pouquinho mais esperta teria topado e quem sabe dali alguma coisa boa teria surgido. No mínimo uma bela amizade.

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