quinta-feira, 18 de novembro de 2010

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Recado às amigas e companheiras

Sim, lembro-me que foi há exatamente dois anos que li, comentei, sugeri e até andei emprestando meu exemplar de "Comer, amar e rezar" para umas amigas. Algumas até se amimaram, compraram e  leram, outras nem se animaram muito e esqueceram o assunto. Num certo encontro de mulherzinhas, combinamos,  que todas leriam e após alguns meses nos reuniríamos com o propósito de comentar nossas impressões pessoais, principalmente no que nos identificamos ou não, contudo referido reencontro não aconteceu. Agora, no momento em que o filme está em cartaz, talvez criemos coragem para nos encontrar finalmente. Mas aviso logo, o filme não é tão compreensível para quem não o leu. Acredito que deva ser confuso entender algumas passagens sem realmete ter acompanhado o que motivou Elizabeth Gilbert a viajar para três lugares tão distintos: Itália, Índia e Indonésia. Fica então minha dica, mais uma vez: leiam o livro, realmente vale muito a pena. Além de ter uma prazerosa leitura poderá se identificar com muitas de nossas questões vividas pela personagem que é a própria autora.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Boa notícia

Uma ótima notícia chamou a atenção do mundo, as manchetes dos jornais não estampavam más notícias ou comentários enfadonhos sobre a disputa eleitoral nacional. Hoje, acordei com uma notícia que me deixou extremamente feliz, um acontecimento que, em meu ponto de vista, comoveu milhões de pessoas pelo mundo, principalmente àquelas que ainda preocupam-se com o bem-estar do próximo. Refiro-me ao resgate dos 33 mineiros chilenos que estavam soterrados a 622 metros de profundidade há 69 dias de sofrimento e apreensão. Essa tragédia mobilizou e uniu pessoas do mundo inteiro (familiares, amigos, técnicos, cientistas, governos e anônimos como eu) numa corrente de esperança e laboriosas técnicas para resgatá-los do subsolo com vida. São esses acontecimentos que nos fazem acreditar que a humanidade está doente, mas tem possibilidades de se curar do egocentrismo e da ignorância de que existem diferenças intransponíveis entre nós.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Intolerância minha

A vida é mesmo uma grande aventura, uma caixa de surpresas (estilo Pandora), um caminho a se trilhar com alguns mapas na cabeça, uma bússola (por vezes desnorteada) na cabeça e no coração, porém sem garantias de chegarmos aos lugares que imaginamos serem certos. Alguns entregam a vida e suas inúmeras escolhas ao destino ou a Deus, acreditando que deste modo, possa estar assegurado um futuro repleto de bem aventuranças. Contudo, agindo assim se eximem da imensa responsabilidade por viver em sociedade. Não moramos numa ilha e não somos auto-suficientes, precisamos das pessoas e elas de nosso trabalho, apoio, respeito, solidariedade, amizade e amor. Infelizmente, mais e mais surgem a nossa frente indivíduos sem essa consciência, individualistas e egocêntricos que atropelam cada vez mais o espaço dos outros como um direito de fato. Como eu os denomino? Os reconheço como: pobres coitados ou seres insignificantes. Deles, quero anonimato e uma longa distância. Mas como sei que manter distância por muito tempo é impossível, melhor é sumir vez em quando.


segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Alice pode estar ao lado.

A leitura sempre foi uma de minhas paixões. Às vezes a tomo como passatempo prazeroso, outra como pesquisa de trabalho de temas que necessito me aprofundar. Não consigo ficar por muito tempo parada sem ter o que fazer em fila de banco, sala de espera de consultórios médicos, dentistas, salão de beleza, oficinas e longas viagens. Inquieta-me ficar a toa, sem ter que o que fazer e ouvir, sem querer, conversas desinteressantes ou esdrúxulas de terceiros que estão por perto. Por esses motivos, sempre ando com um livro na bolsa ou no carro para o caso de alguma “emergência”. E sabem de uma coisa? Esse vicio é bom de mais, não me traz reações adversas e não existe contra-indicações, a não ser que eu esteja sem meus óculos de grau.
Finalmente concluí a leitura do livro autobiográfico de “Hoje sou Alice: Nove personalidades, uma mente torturada” de Alice Jamieson. Digo finalmente por que eu resisti em terminá-lo e explico o motivo. O livro é fantástico, muito bem escrito, mas traz consigo temas muito difíceis de serem digeridos, tais como: abuso sexual e doença mental. Esses temas não estão distantes de minha experiência profissional. Quem me conhece sabe disso. Mas não perdi a sensibilidade inerente ao ser humano diante de atrocidades. Por isso recomendo a sua leitura, principalmente para aqueles que lidam constantemente com o sofrimento psíquico de outrem por ofício. E lembrem-se: existem milhões de pessoas que passam por histórias semelhantes, contudo nunca conseguem resignificá-las por não serem devidamente ouvidas em seus sofrimentos.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

AMOR & SEXO

Sempre achei fantástica a letra de “Amor e sexo” composta por Rita Lee em parceria com Arnaldo Jabor. Gostei desta música desde a primeira vez que ouvi no rádio. Ele me retorna da memória pelo fato de ter assistido recentemente ao show da Diva e me encantei com suas expressões singulares, por vezes debochadas outras engraçadas e sutis. Nunca vi uma artista expressar tão bem uma canção (isso ele faz com todas, diga-se de passagem). Rita Lee e Roberto de Carvalho, naquele momento, no placo, conseguiram transmitir um exemplo de amor e companheirismo, um amor bacana que muita gente sonha em ter e está cada vez mais escasso.

AMOR & SEXO
Amor é um livro
Sexo é esporte
Sexo é escolha
Amor é sorte...
Amor é pensamento
Teorema
Amor é novela
Sexo é cinema..
Sexo é imaginação
Fantasia
Amor é prosa
Sexo é poesia...
O amor nos torna
Patéticos
Sexo é uma selva
De epiléticos...
Amor é cristão
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa nova
Sexo é carnaval
Oh! Oh! Uh!
Amor é para sempre
Sexo também
Sexo é do bom
Amor é do bem...
Amor sem sexo
É amizade
Sexo sem amor
É vontade...
Amor é um
Sexo é dois
Sexo antes
Amor depois...
Sexo vem dos outros
E vai embora
Amor vem de nós
E demora...
Amor é cristão
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa nova
Sexo é carnaval
Oh! Oh! Oh!
Amor é isso
Sexo é aquilo
E coisa e tal!
E tal e coisa!
Uh! Uh! Uh!
Ai o amor!
Hum! O sexo!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Assim como a canção tão bem me lembra: “a vida é mesmo tão rara”.

Em muitas situações perguntei-me por que perdemos tempo demasiado investindo em pessoas que não valem o esforço de nossas atenções, que não valem nossa atenção por mais de cinco minutos, por qual motivo apostamos cegamente em coisas que realmente não nos cabe transformar?
Por que essa tendência masoquista em se esforçar sabendo que não obteremos além de ódio ou mágoa? Para quê, minha amiga?

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Indagações e divagações.

Hoje, uma amiga me perguntou aminada: O que você planeja para esse mês de agosto?
Essa repentina indagação me tirou dos trilhos e reverberou em meus pensamentos por um bom tempo ao longo do dia. Senti-me incomodada, não pelo fato de não responder qualquer coisa que viesse prontamente em minha cabeça, mas por eu não saber o que responder. Eu não havia planejado concretamente nada para este o mês que se iniciaria. Mas, por qual motivo eu não conseguia responder? Logo eu, que busco sempre não me robotizar diante dos compromissos e da rotina que se interpõe dia após dia. Sim, eu tinha consciência dos meus compromissos e do dever em cumpri-los e esse fato não me causava maiores infortúnios, contudo refletia mais sobre o que surgiriam com eles e além deles. A esse respeito penso que não é muito interessante planejar tudo obsessivamente nem deixar que “o destino” o faça por si. Vejo que meus sonhos mais apaixonados se concretizaram nesse meio termo, nesse meio caminho sem pressa e sem preguiça, na simplicidade de uma grata surpresa.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Sobre desencontros.

Havia uma garota e um rapaz. Eles viveram bons momentos juntos, não o tempo suficiente para guardar muitas lembranças e ter o que lembrar tempos depois. Ele não estava muito bem certo do queria e atravessava momentos difíceis. Acreditando que ela não o entenderia, rompeu brusca e covardemente algo que um dia ele proprio chamou de namoro. O tempo passou e aquele hiato insistia sinalizando que faltou ser dito algo, alguma explicação. Tempos depois ele tenta um reencontro, se desculpou por e-mails sobre o que aconteceu e ela o perdoou, a final de contas haviam se passado muitos meses, ela, além de não guardar mágoa, apenas poucas lembranças do que pareceu sincero e bom, continuou com sua vida e até já havia namorado outro rapaz. Ele queria encontrá-la, falar-lhe pessoalmente “olhos nos olhos”, mas ela ponderou e achou melhor não ceder, não estava com ninguém, porém não se sentia a vontade em ir aquele encontro, muito menos pensar no que poderia resultar depois dele. Naquele período ela vivia momentos de resignificação de desencontros, histórias de amor mal-resolvidas e não iria se arriscar mais uma vez, estava cansada. Ele não insistiu e sumiu, ela seguiu em frente e mais uma vez aprendeu uma lição: quando realmente queremos algo fazemos todos os esforços para conseguirmos, não desistimos tão fácil se é algo tão especial.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

"Se chorei ou se sorri o importante é que emoções eu vivi".

Meus quarenta anos estão bem próximos e não sinto de forma alguma o peso dessa idade. Acredito que o que mais contam são as experiências de vida, as histórias vividas, o que aprendi e como sobrevivi com os ganhos e as perdas ao longo do caminho. Acho o máximo quando vejo fazerem cara de susto quando digo que daqui um ano terei quarenta anos. Acredito que nem tanto pela aparência, mas pelo meu jeito de menina brincalhona. Arisco-me a dizer que sinto orgulho por ter a vida que tenho e o que conquistei desde que nasci: amigos, companheiros, amores para a vida toda. Quem não me conhece a fundo e me lê neste momento pode até achar que falando assim sou fútil e minha vida foi fácil, que nunca passei por barras pesadas, que não sei discernir entre me sentir triste e ter depressão por nunca ter passado por elas, que não perdi entes queridos e que não me decepcionei com amigos e morri de amor pelo menos umas quinhentas vezes. Muito pelo contrário, já passei por tudo isso e por isso mesmo considero-me uma pessoa comum, uma mulher dentre milhões espalhadas pelo planeta que sonham, planejam, se ariscam, se decepcionam, se partem ao meio e novamente se lançam em novos projetos. Como eu sempre digo: não há garantias de uma vida longa, saudável e lúcida, portanto vivo os meus anos da melhor forma que posso. Como diz o Rei: “Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi.”

Os chatos e minha falta de paciência.

No mundo existem diversos tipos de pessoas com temperamentos os mais variados possíveis. Hoje venho reclamar de um tipo bem particular de gente, dos egocêntricos, daqueles que acham que o mundo tem que curvar-se diante das suas necessidades. Não é difícil encontrá-las por aí, geralmente são pessoas difíceis de lidar tanto em ambientes familiares quanto no dia-a-dia do trabalho. Eu mesmo conheço várias pessoas assim, porém evito passar tempo de mais na companhia delas, para minha própria proteção, já que não vejo graça em tornar meu precioso tempo com gente intolerante. Arrepio-me ao ouvir comentários dessa natureza: “Eu sou assim, se quiserem minha companhia que me aturem!”; “Não adianta, não vou mudar!”, “Que se danem os outros, eu sou eu!”. Declaro meu asco e não perco meu precioso tempo com essas pessoas vis desta categoria, adultas ainda carregam o ideal de ser o centro das atenções e de não sentirem necessidade de agradar a ninguém a sua volta.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

PENSANDO NO AGORA.

Neste momento penso que estar bem é estar satisfeita com minhas escolhas e pensar que o que não foi possível ver realizar-se foi devido a outros fatores: as pessoas, ao destino ou porque, no fundo mesmo, eu não soube como conduzi-las da maneira mais adequada. Vejo o saldo e ele é positivo.  

quinta-feira, 8 de julho de 2010

UMA PARADA MAIS QUE NECESSÁRIA.

Ainda cansada, mas muito feliz, estou de malas prontas para viajar.
Dei um tempo para o trabalho, cancelei compromissos, adiei encontros e resolvi que era chegada à hora de parar e pensar que vida é curta, com ela não temos garantias da nada.
Deixo por poucos dias meus amigos, pai, irmão e duas sobrinhas que me enchem de amor, alegria e orgulho. Todos eles sabem do meu bem-querer e me encorajam as idas e vindas que faço de tempos em tempos, eles vêem como chego mais leve e revigorada para a voltar a vida que gosto aqui.
Sei quando meu limiar de cansaço e desasossego chegam ao ponto de ter que optar por seguir em frente com esse corre-corre do meu mundinho ou dar um tempo para tratar de fazer coisas que gosto, estar com as pessoas que eu amo e moram muito distante de minha terra.
Isso não significa que não gosto do que faço para ganhar a vida e das pessoas com quem convido. Elas sabem do meu amor por todos. Minha alma inquieta não aguenta ficar muito tempo sem ver como estão amigos e familiares que moram a 3000 quilômetros de distância de mim. Sem contar que tenho dois sobrinhos, duas crianças lindas, que estão crescendo e eu acabo deixando de acompanhar muitas coisas. Como sei que o tempo não perdoa e nesse movimento eles crescem rápido de mais, não posso deixar de aproveitá-los e mimá-los antes que a titia aqui os faça pagar mico por seus excessos.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Carta para ninguém.

O que tento fazer, mesmo que nem sempre seja a coisa mais acertada para minha vida e para os que me cercam, é pensar que a maioria das minhas escolhas valeram realmente a pena.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Meu destino é incerto, mas o caminho tem uma direção, eu sigo em frente.

Sim, eu tento, eu insisto e não desisto de, a cada dia, encontrar motivos para me sentir bem e feliz. Analiso que investir constantemente no meu bem-estar não é tarefa simples, até por que para me sentir bem preciso perceber naqueles que me cercam o mesmo ímpeto para buscar o mesmo. Me inquieto se não vejo familiares, amigos, conhecidos e desconhecidos sentindo-se derrotados pelas agruras que a vida impõe a qualquer ser humano. Acredito que vida é sinônimo de luta, luta por sobrevivência, conquistas e grandes aprendizados. Meu caminho nem sempre tem sido florido, animador e compensador. Sei que não tenho garantias se chegarei onde quero e se me sentirei satisfeita ao chegar. Algumas vezes, no decorrer do caminho sinto-me cansada, sozinha e pouco estimulada a seguir em frente com a cabeça erguida. Mas quando reflito sobre o momento e percebo que a cobrança é muito mais minha sobre meus esforços do que o que minha vida demanda, paro e respiro pausada e profundamente. Depois disso sinto-me aliviada e permitindo-me descansar por algum tempo à sombra de um lugar seguro ou um ombro amigo. Por isso, independente das pedras, das tempestades, do cansaço, eu sigo em frente.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Lista de prioridades:

Trabalhar sem esxageros, preferencialmente nos dias úteis.
Os fins de semana estão reservados para:
  • encontar amigos para qualquer coisa;
  • ler um bom livro em qualquer lugar;
  • bater bapo num café no fimal da tarde;
  • peruar em lojas de shoppings;
  • sair para comer masas ou sushis, de preferência;
  • escrever longos e-mail para amigos e amores que estão há milhares de quilometros de distância;
  • escarafuchar preciosidades em minhas livrarias prediletas;
  • dormir até tarde;
  • ficar a toa no final de tarde numa rede na varanda;
  • caminhar na Beira-mar;
  • tomar banho de mar ou de piscina "demoradamente";
  • ver o pôr-do-sol na praia;
  • assirtir a filmes em casa ou no cinema com pipoca, refri e em boa companhia;
  • sair para dançar, por que ninguémm de besta.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

PARA TI.

Seria uma falácia dizer que sei de você, se já faz um tempo que não nos vemos. Nesses longos meses não conversamos como antes. Fizemos pouquíssimos contatos desde que decidi o que tinha que ser decidido, alguns poucos e-mails e dois ou três telefonemas absolutamente monossilábicos.

Não sei o que aconteceu, mas acredito que não foi nada tão grave que nos faça perder um da vida do outro. Acho que a vida da muitas voltas e nelas há momentos de recolhimento, o que não significam afastamento ou descuido de ambas as partes.

Posso dizer de minha parte que estou bem, tranqüila e ainda preservando em meu peito o mesmo sentimento de bem-querer por ti.

Perder nunca é fácil.

Estava pensando nas mudanças ocorridas recentemente em minha vida. Há exatamente seis meses me vi numa situação em que meus planos tiveram ser reformulados, tendo que manejar com muita segurança e mover com muito cuidado o leme do barquinho que conduzo sobre qualquer maré. Avalio que não perdi a cabeça, não me desesperei, mas sei o quanto foi difícil enfrentar mais uma derrota. Não larguei o leme e me afundei em pleno maremoto por que já passei por diversas tormentas e algumas bem mais avassaladoras. Acontece que quando ansiamos muito por grandes mudanças, as quais atribuímos as coisas mais acertadas para nossa vida naquele momento, que chegou o tempo de baixar as velas por um longo tempo, de respirar aliviada em terra firme simplesmente por estar pela primeira construindo tijolo a tijolo meu próprio castelo, mesmo que ele na realidade seja uma pequena casa com rede na varanda. Porém, minha “Pasárgada”, lugar apenas eu seria rainha.
Mais um sonho que não se concretizou, pensei. Agora é colocar a cabeça no devido lugar, manter os pés bem firmes no chão e respirar longa e profundamente até as águas acalmarem, as nuvens se dissiparem a ponto de ver novamente o norte.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Preciosa e os sem esperança.


Assisti “Preciosa” com meus alunos neste fim de semana. Meu intuito era abrir uma discussão sobre os mais diversos aspectos da exclusão social e da violência, assim como também trazer para o campo da educação, meios de trabalhar com tais questões na escola, tanto no auxílio aos problemas como na prevenção dos mesmos. A turma é composta por educadores e a maioria deles trabalha com ensino infantil e fundamental da rede pública. O filme trouxe grande impacto para eles que o consideraram extremamente violento e realista. Minha surpresa foi ouvir a opinião deles sobre o destino de jovens como Preciosa. A maioria deles afirmou que nada podiam fazer diante de uma situação como aquela e que o futuro de Preciosa era a morte eminente. Eu sei e eles também que “aquela história” não era tão fantasiosa e distante da nossa. Mas afinal há muita coisa a se fazer enquanto educador. Sabemos também que na maioria desses casos, onde família se desestruturou, cabe o meio escolar poder fazer algo pela criança ou adolescente. Mas se o educador não encontra esperança em nenhum tipo de trabalho como enxergar um futuro decente e promissor para esses jovens?
Não neguei minha decepção, porém os estimulei a repensar sobre o papel que exercem na vida de uma criança e adolescente.

Leiam o que quiserem, mas deixem-nos escrever.

Que fique bem claro: desejo escrever por que me sinto livre fazendo isso. Estou cansada de ouvir críticas de quem lê pouco, mal e tem muito menos a dizer sobre o que as pessoas escrevem em seus blogs, generalizando o que na realidade é de ordem subjetiva. Cada um escreve por desejo que, às vezes, nem mesmo sabe-se quais os motivos, no entanto impulsionam à escrita. Se no mundo em que vivemos, alguns têm o privilégio de poder se utilizar dessa ferramenta para escrever, por que não através da internet? O que não aceito é crítica de gente que não sabe o que está dizendo e sai por aí com a tola necessidade de normatizar um ideal de escrita. Eu escrevo sobre o que quero, sobre o que quero e nem sempre o tanto que gostaria por falta de tempo.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Criança tem cada uma...

Mais uma do Alê, meu sobrinho de 04 anos


Cedo da manhã, o pai estava fazendo a barba e ele aparece no banheiro e pergunta:

- Pai, hoje eu vou para escola?

- Claro.

- Mas ontem eu não fui. Por que tenho que ir hoje.

- Ontem estava muito frio e você acordou tossido muito.

Mal o pai terminou de falar o menino:

- Cofh! Cofh! Cofh! Cofh! Cofh! Cofh!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

FÉRIAS NO CARIRI - PARTE I

Ele não havia despertado tanto interesse nela, pois era uma “meninona”, imatura e desajeitada quando se tratava de conquistas amorosas. Ela o conheceu nas férias de julho no meio de muita festa e diversão na região norte do Ceará. Ele era o amigo do primo de uma amiga. Foi uma semana de muita brincadeira, conversas, banhos de piscina e festas que iam do forró breguérrimo de Assizão à lambada de Beth Menezes, da balada do A-Ha ao Erasure, do som do New Order ao Pink Floyd. Na verdade, a turminha ouvia de tudo sem preconceito, o dia todo sem cansar, e também se divertiam "pra burro", quando não era na piscina  em forma de olho, era numa das varandas da casa, no sítio em Barbalha, no clube do Crato e nas festas que rolavam todas as noites com direito a trio elétrico, forró e lambada. Se a festa não tava lá essas coisas, eles apareciam na boate do hotel e dançavam até o amanhecer. Para aguentar o rojão optavam pelo treiler do Fricote (fricote com ou sem ervilha!) ou pelos quitutes de dona Mariêta (a melhor escolha!). Ele realmente não a interessava, achava que não fazia o seu tipo. Acontecia que nessa época, ela acreditava que tinha um tipo de homem lhe atraia. Ele, por sua vez também não sentia nada pela garota desengonçada e gordinha. Eles se encontraram outras n vezes, mas sempre rolava muita brincadeira. Uma vez, após um show dos Paralamas no Paulo Sarasate, e disso ela não esquece, ele a chamou para ir ao cinema na frente de todos, na época um filme de terror. Ela, acreditando ser mais uma brincadeira prontamente respondeu que não iria nem morta. Se ela não fosse tão acelerada e um pouquinho mais esperta teria topado e quem sabe dali alguma coisa boa teria surgido. No mínimo uma bela amizade.

domingo, 20 de junho de 2010

O diálogo.

Tudo se passsou numa lilás tarde de domingo numa exposição de arte:

Queres saber se sou solteira? Sim, sou.

Queres saber se fui casada? Não, mas estive bem próximo disso duas vezes.

Queres saber se amei alguém? Sim, amei muitos.

Queres saber se sofri por não ter um amor correspondido? Sim, diversas vezes.

Queres saber se sofri a cada desilusão? Muito, até ver que já tinha derramado todas as lágrimas, sanado toda a tristeza e a dor.

Queres saber se namorei muito? Bem mais do que imaginava.

Queres saber se anseio por encontrar o homem da minha vida? Não penso nisso. Se vier será mais um homem na minha vida, não posso negar que tive outros no passado.

Queres saber se penso em casar? Não tanto como antes. Isso de casar não me causa tanto. Quero estar casada com minha felicidade.

Queres saber se mais sobre mim? Olha está ficando tarde, quem sabe outra hora. Estou como sono, tenho que ir. Foi um prazer te conhecer, tchau.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Deixemos os xurumbambos.


Meu limite para encarar pessoas pequenas é nulo. Quando lembro que perdi cinco minutos de meu precioso tempo com quem não vale o esforço, paro, respiro e tudo volta a ser mais agradável, até o ar que repiro. Como uma amiga sempre me lembra: As cães, ladram. A caravana, passa!

sábado, 5 de junho de 2010

Ainda bem, são de quatro em quatro anos.


Além das eleições, um dos assuntos mais debatidos nas rodas de bate-papo é Copa do Mundo e, claro as especulações em torno da seleção brasileira. A copa está na boca do povo, nas vitrines das lojas e comerciais dos mais diversos mercados. Porém, não estou nem aí para ela e sim para os efeitos que o exagero e do prejuízo possa trazer para nós se permanecermos focados nela, sem nos dar conta nos acontecimentos sociais e políticos de interesse geral da nação.

Há anos que não me animo em torcer fervorosamente pelo time de meu país. Tenho orgulho do Brasil, de nossa cultura e de nosso povo, até torço po ela, mas não deixo de entorpecer ao ponto de meu dia inteiro paralisar por conta de 90 minutos de uma disputa de gols. Quando sou inquirida sobre meu desinteresse sobre a possibilidade da seleção disputar o hexa, existe sempre alguém apontando minha postura como radical. Analiso este assunto fazendo um paralelo com o Carnaval, tem muita gente que não gosta de Carnaval e opta por fazer outras coisas para se divertir na época em que o país para se divertir. As pessoas têm o direito escolher o que gostam de fazer e quando bem entendem. Gostar de futebol e Carnaval não necessariamente corresponde a quesitos necessários para se sentir um brasileiro que sabiamente pode se divertir de inúmeros modos sem deixar de lado suas responsabilidades.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Foi preciso se revirar por dentro.


Não. Ela não havia planejado ficar só. Sonhava em terminar seus dias ao lado de seu pretenso amor. Sofreu muito por antecipação do que não realmente aconteceu. Ele se foi e ela não morreu como o amor que ele tinha por ela. Aguentou muito mais do que um dia havia deslumbrado passar. No início, após o rompimento e partida dele para o passado, sentiu-se frágil e deslocada. Perdida entre desejos de morte ou homicídio não pode ver de imediato a grande fantasia que criara em sua janela para o mundo e tolamente imaginava no que dizer aos mais próximos que ela estava só. Como se isso não fosse o seu melhor para dali em diante. Ela percebeu que estar só não significa despir-se da doçura e da beleza de ser. Foi a partir de então que ela passou a ser a mulher que todo homem um dia gostaria de compartilhar sua vida, mesmo que por um breve tempo.

domingo, 23 de maio de 2010

Não, não são apenas viagens.


Viajar é sempre muito bom. Em cada uma delas retomo a minha viagem interior. Às vezes, essas experiências são muito cansativas, psíquica e fisicamente, arrisco-me a dizer que em todas, a seu final, sinto-me revigorar a alma. Meu despertar para alguns fatos se asemelha a tomá-los com outras perspectivas.



sábado, 15 de maio de 2010

Desesperar, jamais!


Às vezes, do nada, me vem a cabeça uma música e daí passo boa parte do dia cantalorando. Hoje, despertei com essa do Ivan Lins. Acredito que tenha alguma relação com alguns conteúdos de meu sonho da noite anteior, melhor dizendo, pesadêlo. Não que eu me encontre numa situação desesperadoda no momento, pelo menos, neste momento não.  Mas quem nunca se viu quase lá, na boca do lobo ou a milimetros do abismo?

DESESPERAR JAMAIS - Ivan Lins


Desesperar jamais
Aprendemos muito nesses anos
Afinal de contas não tem cabimento
Entregar o jogo no primeiro tempo


Nada de correr da raia
Nada de morrer na praia
Nada! Nada! Nada de esquecer


No balanço de perdas e danos
Já tivemos muitos desenganos
Já tivemos muito que chorar
Mas agora, acho que chegou a hora
De fazer Valer o dito popular
Desesperar jamais
Cutucou por baixo, o de cima cai
Desesperar jamais
Cutucou com jeito, não levanta mais

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Efeito Nilo.


Estive com uma velha amiga neste fim de semana, como havia dois anos que não nos víamos perguntei como estava e ela me contou:
- Agora estou ótima. Passei por uma perda avassaladora, meu relacionamento acabou e eu achei que não iria aquentar viver sem ele, sem sua companhia, seu apoio, sem seu corpo, cheiro e blábláblá,... enfim, uma infinidade de coisas que só alguém enlouquecidamente dependente de outra podia acreditar precisar para viver. Passei meses tentando lidar com a derrota me ver em mais um fim de relacionamento, tive depressão, emagreci dez quilos, cortei as madeixas, pedi férias da família, dos amigos, do trabalho fui para o Egito. Nunca sonhei que iria tão longe sozinha, eu pensava que era injusto de mais amar tanto alguém e mesmo assim ser deixada para trás. Mesmo pensando absurdos sobre eu mesma e o futuro sem ele, não fui atrás, não pedi explicações, apenas sofri e chorei muito. Achei que era uma questão de tempo, afinal não era a primeira vez que passava aquilo, mas... PUTZ, de novo! A princípio falava da falta e da saudade doída na alma, mas decorrido algum tempo (meses), percebi que tais sentimentos eram puramente em decorrência da abstinência da droga que ele se tornou em minha vida. O problema não era ele, afinal fui eu que o escolhi, porém o modo como eu me inseria no “nós dois”, de como eu havia construído uma teoria ilusória sobre algo que não se sustentaria nunca.

Depois de ouvi-la atentamente, cheguei a conclusão que ela nunca estivera tão bem. Deve ter sido efeito do Egito, a visão do Nilo, da Esfinge, sei lá.

domingo, 2 de maio de 2010

Mais uma vez, Alice.

Diálogo entre Alice e o Gato de Cheshire em Alice no País das Maravilhas de Lewis Carroll:

"(...) Poderiamedizer,porfavor, que caminho devo tomar para sair daqui?"
"Isso depende bastante de onde você quer chegar", disse o Gato.
"O lugar não me importa muito...", disse Alice.
"Então não importa que caminho você vai tomar", disse o Gato."... desde chegue em algum lugar", disse o Gato, "se caminhar bastante".

terça-feira, 27 de abril de 2010

Simplesmente, saudade.


Quanta saudade de você!
Hoje, antes de ir para o trabalho, ouvi no rádio essa canção do Roberto Carlos lindamente interpretada por Daniela Mercury. De repente, me peguei pensando em você, no tempo que não volta mais e da bruta saudade que ainda insiste em não esmorecer nem um tantinho só. Você sempre estará além das lembranças daqueles dias de julho, um paraíso feito só para nós dois, dias que os anos jamais vão apagar de nossas memórias. A distância e outras impossibilidades nos forçou a tomarmos rumos diferentes, nossas próprias escolhas, e sem perceber fomos nos distanciando sem mágoas ou ressentimentos. Mesmo distante e não querendo me prender ao que já passou, gostaria muito de saber como vai você.

Como vai você  - Roberto Carlos
Eu preciso saber da sua vida
Peça a alguém pra me contar sobre o seu dia
Anoiteceu e eu preciso só saber
Como vai você ?
Que já modificou a minha vida
Razão de minha paz já esquecida
Nem sei se gosto mais de mim ou de você

Vem, que a sede de te amar me faz melhor
Eu quero amanhecer ao seu redor
Preciso tanto me fazer feliz

Vem, que o tempo pode afastar nós dois
Não deixe tanta vida pra depois
Eu só preciso saber
Como vai você

Como vai você ?
Que já modificou a minha vida
Razão da minha paz já esquecida
Nem sei se gosto mais de mim ou de você

Vem, que a sede de te amar me faz melhor
Eu quero amanhecer ao seu redor
Preciso tanto me fazer feliz

Vem, que o tempo pode afastar nós dois
Não deixe tanta vida pra depois
Eu só preciso saber
Como vai você

segunda-feira, 26 de abril de 2010

O quero-quero quer voar bem alto.


Quero o amanhecer sobrevoando minha terra querida,

Quero o cheiro gostoso de mato de Russas,

Quero o gosto de doce-de-leite e queijo coalho de Jaguaribe,

Quero o balançar da rede na varanda em Munlungú,

Quero o vento nos cabelos em Canoa-Quebrada,

Quero o sono gostoso prolongado pelo frio em Guaramiranga,

Quero o mar salgado e aquecido pelo sol da Praia do Presídio,

Quero o céu estrelado em Jericoacoara,

Quero o azul do céu das manhãs em Paracurú,

Quero o verde das folhagens das mangueiras e dos cajueiros em Pindoretama,

Quero a paz do barulho do mar na Caponga,

Quero a leveza do entardecer rosa-azul-lilás de Fortaleza,

Quero o luar de Fortim à beira do Jaguaribe,

Quero minha terra sempre em mim, longe ou perto, São Paulo ou Angola,

Quero sempre comigo, nem que seja na lembrança, um pouco de cada, tudo isso e muito mais.

VIVE LA VIE!!!


Tudo o que me cerca ou me atrai ou me repulsa. Não sei como conseguia, estar no “meio terno”, ser politicamente correta, esperar acontecer até tudo mofar. Isso já tem muito tempo, anos que nem lembro ao certo. Será que tenho a alma tão velha assim? Apenas afirmo que hoje em dia a imparcialidade me incomoda, inquieto-me diante de situações em que as pessoas titubeiam, sentem-se estéreis e se dizem incapazes de pensar ou pronunciar uma opinião sobre. Hoje, vejo florescer a cada vez mais gente que parece não perceber o mundo que a cerca, parecem personagem de George Orwell em 1984. Vejo jovens escolherem uma carreira profissional que são mais vantajosas financeiramente, que o bom é um trabalho “estável” (isso existe?); que transam pela primeira vez em “tal idade”; porque está no tempo, mesmo sem saber por que (a pessoa não conta? E o sentimento?); casam-se por que todo mundo casa; tem filhos pelos mesmos motivos e por aí vai. Como se existisse uma LEI, uma NORMA para todos seguirem e serem FELIZES. Mas o que é felicidade a final de contas? Existe um conceito de felicidade estampado nas capas de revistas, nos outdoors, nos comerciais e nas entrelinhas de muitos textos de auto-ajuda, porém não os servem de muita coisa, além da distração e de uma fantasia inócua de que devemos ser assim ou assado.
Podemos ser felizes sim, cada um a seu modo. Vive la difference, Vive la vie!!!

sábado, 24 de abril de 2010

Ao João, aos amigos, à vida, à felicidade, um brinde!!!

Hoje de manhã, vivi uma experiência indescritível, mas vou tentar contar a minha maneira como tudo aconteceu. Porem seu início foi assim: esta semana fui convidada por minha amiga para assistir ao parto de seu primeiro filho. Não, não foi “normal”, foi cesárea mesmo. Escutei de diversas pessoas que sou corajosa, mas não o meu ato não foi de coragem, mas de presença marcada. Mesmo não sendo muito chegada à ambiente cirúrgico, cheiro de éter e visão bisturis, nem hesitei negar o convite, o que imensamente me honrou.
Quanto nomeio esse momento como algo da ordem do “indescritível” é por perceber que por mais que eu tente explicar o que representam as emoções despertadas durante o nascimento de uma criança em mim, não consigo de fato fazê-lo com as mesmas palavras, expressões, jeito, como se fosse um fato corriqueiro, por que não foi. Só tenho que falar em FELICIDADE, por me sentir agraciada fazendo parte da vida das pessoas que amo.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

AVANTE!!!

Sim, a vida não é fácil e não estamos nela à passeio. Mas, deixemos as lamúrias e os rios de lágrimas surgirem e desaparecerem no tempo certo, sem exageros, por favor! Viver é muito bom, intenso, mágico, trágico, seja como for não dá para passar por ela como um barco à deriva. Temos o livre arbítrio, por isso não existe essa de deixar que a vida nos leve ou que seja “como Deus quiser”. Se Ele nos deu a livre escolha somos responsáveis por nossas elas. O passado está lá trás (não retornará mais), o futuro nem chegou (desconhecemos até se estaremos nele), nosso presente é mesmo um “PRESENTE”, abra e dê algum significado a ele. O mais engraçado tem sido ver gente grande agindo feito criança, brincando de “faz de conta”, sempre no mundo das idéias e dos planos nunca arriscados, paralisados no “se”: “se eu fosse”, “se eu pudesse”, etc. Mas o que ou quem impede a corrermos riscos? Sim, nós temos desculpas para isso também.
Arrisquemo-nos! Boa-sorte para você também!

sábado, 17 de abril de 2010

A criança está vida cá dentro, o tempo inteiro de uma vida.

Se eu tivesse que ser uma boneca seria a Emília.
Estive relendo Monteiro Lobato e viajei no tempo, voltei a minha infância, lembrei do Sítio do Pica-Pau Amarelo (versão televisiva), de seus personagens mais marcantes, das histórias transmitidas por Dona Benta, das aventuras vividas por Pedrinho, Narizinho, Visconde de Sabugosa, Tia Nastácia, Tio Barnabé, Saci, Marquês de Rabicó, Zé Carneiro, Cuca e, é claro Emília. Recordei do Reino das Águas Claras, do príncipe encantado e certo de que iria se casar com Narizinho. De todas as lembranças que puxei de minha memória sobre o Sítio, é marcante a presença da boneca de pano Emília. Que delícia de personagem aquela boneca! Emília é inteligente, imaginativa, astuciosa e muito teimosa, possuidora de todas as virtudes que muita gente grande gostaria de ter. Onde será que a ficção imita a vida? Hoje me sinto Emília, meio moleca, meio mulher, mas certa de ser gente, não de pano.
Vejam o que encontrei na net sobre a referida boneca:

Emília, na trama criada por Lobato, foi feita por Tia Nastácia para a menina Narizinho. Nasce muda e é curada pelo doutor Caramujo, que lhe receitou uma "pílula falante". Emília, então, desembesta a falar: "Estou com um horrível gosto de sapo na boca!". Narizinho, preocupada, pediu ao "doutor" que a fizesse vomitar aquela pílula e engolir uma mais fraquinha. Mas, explicou Caramujo, aquilo era "fala recolhida", que não podia mais ficar "entalada". Ela é conhecida por volta e meia "abrir sua torneirinha de asneiras", principalmente quando quer explicar algo de difícil explicação ou justificar uma ação ou vontade. Além de falar muito, também costuma trocar os nomes de coisas ou pessoas por versões com sonoridade semelhante.
Emília é uma boneca de pano, recheada de macela. Em muitas histórias, ela troca de vestido, é consertada ou é recheada novamente. Narizinho também faz e refaz suas sobrancelhas (segundo Reinações de Narizinho) e seus olhos (que são de retrós e por isso arrebentam se Emília os arregala demais). Ela é capaz de andar e se movimentar livremente, porém muitas vezes é tratada por Narizinho como uma boneca comum e é "enfiada no bolso".
(Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Em%C3%ADlia).



P.S.: Eu tive uma igualzinha a essa da foto!!!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Experiências + reflexões = novas perspectivas.

Estou grata por finalmente conseguir analisar por outro ângulo o fato de "estar só", circunstância, talvez passageira, ela já não me parece tão funesta quanto eu a concebia. Percebo que não me visitam mais os sentimentos corrosivos trazidos pelas ideias infelizes de solidão, de precisar estar com alguém para me sentir melhor, na ignorante cegueira de acreditar na fictícia segurança de que se estar junto a alguém é inquestionavelmente mais confortante viver as diversas situações que a vida nos proporciona. A vida nos proporciona tudo de bom e de ruim independente de estarmos sós ou acompanhados, e isso não inviabiliza que compartilhemos todas esses experiências na mesma intensidade sem depender de ninguém.
Não posso negar que sinto falta de estar apaixonada, na companhia de um homem também apaixonado, que me faça rir, cause arrepios só de pensar no seu intenso abraço, suas carícias, seus intensos beijos ao encontrá-lo, me fazendo correr depois do trabalho para estar junto a ele, contar como foi meu dia, perguntar pelo seu, de voltar a ter aquela sensação deliciosa de não precisar de muita coisa para ser feliz. Nesse sentido, penso que somaríamos um ao outro, num movimento natural de complementariamente necessária às pessoas que se doam por amor, em que sonhos e projetos de vida seriam não obrigatoriamente semelhantes, mas complementares. Não busco um homem que pense e faça exatamente as mesmas coisas que eu, busco quem me complemente com sua diferença, com sua graça. Imagino a possibilidade de duas singularidades que se casam numa intenção, por vezes velada, mas sustentada pelo simples desejo de fazermos um ao outro feliz. Enquanto dure o amor que seja intenso e verdadeiro. Como diriam uma amiga: você é mesmo uma romântica incorrigível! Eu responderia: Não como outrora, mas ainda com fé no amor verdadeiro, se vier será maravilhoso, se não vier continuarei bem vivendo, sonhando, sorrindo e fazendo as pessoas quem eu amo felizes ao meu modo.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Nosso estranho amor.

Amo essa música, já tive estranhos amores, mas não compreendo como alguém pode não se importar com quem se deite ou se deleite seu amor?


Nosso Estranho Amor (Caetano Veloso)


Não quero sugar todo seu leite
Nem quero você enfeite do meu ser
Apenas te peço que respeite
O meu louco querer
Não importa com quem você se deite
Que você se deleite seja com quem for
Apenas te peço que aceite
O meu estranho amor
Ah! Mainha deixa o ciúme chegar
Deixa o ciúme passar e sigamos juntos
Ah! Neguinha deixa eu gostar de você
Prá lá do meu coração não me diga
Nunca não
Teu corpo combina com meu jeito
Nós dois fomos feitos muito pra nós dois
Não valem dramáticos efeitos
Mas o que está depois
Não vamos fuçar nossos defeitos
Cravar sobre o peito as unhas do rancor
Lutemos mas só pelo direito
Ao nosso estranho amor

Mas o que seria viver sem correr riscos?

Quantas portas deixamos de abrir pelo medo de arriscar? Quantas vezes perdemos a liberdade, apenas por sentirmos medo de abrir a porta de nossos sonhos?

Achei gracioso o gesto de me mandar essa mensagem. Concordo com o autor e faço minhas suas indagações. Meu estilo sempre foi, mesmo convivendo tangencialmente com o medo e a ansiedade, me arriscando em projetos grandes e pequenos. Detesto situações “neutras”, como a de “deixar a vida me levar”.
Minha vida e meu trabalho demandam que eu escute com frenquência as pessoas. Mas, meu desejo segue num intuito de melhorar minha capacidade de acolher-lhas tanto em suas alegrias como em seus dissabores diante da vida. O que os levam até mim? Seus dissabores.
Creio que as pessoas não são divididas em covardes e corajosas, todas tem sonhos, almejam encontrar seu porto seguro e viver sem medo de sofrer. Porém, a vida não é uma Disneylância. Seguir em direção ao que se quer é correr riscos: pode-se ganhar ou perder. Porém, alguns esquecem que “perder” faz parte de nosso crescimento, e fracassos, podem transformar uma vida medíocre numa mais valorosa.

domingo, 4 de abril de 2010

Será sempre bom saber o que queremos das pessoas?

Às vezes supomos precisar de alguém ou de certas coisas para conseguir nos equilibrar, não nos sentir sozinhos e felizes. Acreditamos que tê-los é essencial para seguir em frente, mesmo nos piores momentos, quando a vida não oferece trégua e só nos demanda fortaleza e atitude para seguir em frente de cabeça erguida. Será que essas pessoas e coisas são tão essenciais assim? Será que somos da mesma forma tão especiais para aquelas pessoas que acreditamos não viver sem elas?

UMA ENTRE TANTAS DECEPÇÕES.

Hoje me decepcionei profundamente com um personagem. Se havia alguém que apostava naquela história era eu. Eu li o livro que relatava a trajetória de uma família, um casal que se amava, conseguindo driblar certos infortúnios que a vida em comum traz, mas o descuido infeliz de uma das partes deixou que história deles ficasse por um fio. Impressionante como uma grande tolice, uma infantilidade inconsequente pode deixar duas vidas de ponta cabeça.

Tenho aprendido muito com a vida e sobrevivido com a falta de caráter e o falso moralismo de muita gente, mas quando isso parte de um amigo de quem se admira muito, tudo embola e fica fora do lugar na mente aparentemente lúcida, sem mais distinguir o que é ou não correto. Será que conhecemos mesmo as pessoas que optamos por fazer parte de nossa vida? Custo a aceitar que o egoísmo impera sobre as escolhas baseadas no que acreditamos ser o correto por respeito a quem dizemos amar. Creio que se não sou verdadeira com as pessoas que eu digo acredito amar, como posso saber se sou verdadeira comigo mesma? A geração que se afirma madura por estar na fase dos quarenta, não pode vir com crises adolescentes: “Foi sem querer!!!”, “Eu não pensei nas conseqüências!!!”, “Foi uma bobagem!!!”, “Me desculpe!!!”, “Sinto muito!!!”.

Penso que sempre há uma segunda chance para quem realmente a merece. Desculpar-se não é suficiente.

Como eu gostaria que a reflexão sobre desses deslizes sirvam àqueles que constantemente arriscam o melhor que puderam construir em suas vidas por uma vil aventura.



sexta-feira, 2 de abril de 2010

Acontece agora. Depois serão boas lembranças.

Que delícia estar rodeada de carinho, estar com meus irmãos e sobrinhos, indescritível. Nesse momento é inevitável esquecer dos problemas, até mesmo o vaziozinho no peito desaparece. Mas claro, pois neste momento encontra-se muito bem torneado com a mais linda das bordas feita da presença de gente amada que alguém sonha querer para si.

Declaração de amor (do Alê para mim).

- Madrinha, posso te dizer uma coisa??? Madrinha, me escuta!!! Você sabia que lá em São Paulo, muito longe daqui, meu coração fica pensado em você?
- Eu não sabia meu amor, mas a titia também pensa muito em você.

segunda-feira, 22 de março de 2010

ENTRE AMIGAS.

Sem percebermos, de modo espontâneo, eu e cinco amigas começamos a marcar alguns encontros com o pseudônimo de “Chazinho”. Vale ressaltar que, nessas ocasiões, nunca consumimos a referida especiaria. Não nos faltavam motivos para estarmos reunidas: comemoração de algum acontecimento importante, retornos e despedidas de quem vive do outro lado do Atlântico, sempre encontro. Esse grupinho querido já se conhece há um tempinho considerável. Não revelo esse detalhe para não chocar o quanto somos e aparentamos jovens demais. Cada uma de nós tem suas singularidades, compromissos, ofícios, família, algumas são mães, umas a caminho de ser e outras com projetos de ter. Cada uma com seu modo único de ser, sua personalidade marcante defende seu ponto de vista sem pestanejar, sabendo que cada uma irá acolher e ouvir, mesmo concordando ou não. Arrisco-me a falar por todas, se pudéssemos nos encontraríamos mais vezes.

domingo, 21 de março de 2010

"Para Francisco" de Cristiana Guerra, uma leitura imperdível.

Hoje eu me emocionei com o livro “Para Francisco” de Cristiana Guerra, queria ler o que já havia visto em seu blog, mas livro sempre é mais gostoso. Ela criou um blog para que seu filho Francisco, que nasceu dois meses antes da súbita morte do pai, nunca o esquecesse. A escrita foi um forma que Cristiana encontrou paral lidar com a dor de perder Guilherme e a alegria do nascimento de seu filho. No livro, assim como no blog há fotos, cartas, e-mails e recordações onde Cristiana conta a seu filho Francisco passagens de sua história de amor, que não acabou com a morte de Guilherme, pois sua presença reverbera na vida deles.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Para quem curtiu os sons da década de 1990 (direto do túnel do tempo)

When in Rome foi um trio musical inglês, de gênero "new wave", originalmente formado pelos vocalistas Clive Farrington and Andrew Mann, e pelo tecladista Michael Floreale. Tornaram-se conhecidos em 1988 através da música "The Promise", que fez sucesso no Brasil em 1990. Veja se lembra.

THE PROMESE

If you need a friend,


don't look to a stranger,

You know in the end,

I'll always be there.



And when you're in doubt,

and when you're in danger,

Take a look all around,

and I'll be there.



I'm sorry, but I'm just thinking of the right words to say. (Ipromise)

I know they don't sound the way I planned them to be. (Ipromise)

But if you'll wait around a while, I'll make you fall for me,

I promise, I promise you I will.



When your day is through,

and so is your temper,

You know what to do,

I'm gonna always be there.



Sometimes if I shout,

it's not what's intended.

These words just come out,

with no gripe to bear.



I'm sorry, but I'm just thinking of the right words to say. (I promise)

I know they don't sound the way I planned them to be. (I promise)

But if you'll wait around a while, I'll make you fall for me,

I promise, I promise you...



I'm sorry, but I'm just thinking of the right words to say. ( Ipromise)

I know they don't sound the way I planned them to be. (I promise)

And if I had to walk the world, I'd make you fall for me,

I promise, I promise you I will.



I gotta tell ya, I need to tell ya, I gotta tell ya, I gotta tellyaaaa ...



I'm sorry, but I'm just thinking of the right words to say. (Ipromise)

I know they don't sound the way I planned them to be. (I promise)

But if you'll wait around a while, I'll make you fall for me,

I promise, I promise you...



I'm sorry, but I'm just thinking of the right words to say. (I promise)

I know they don't sound the way I planned them to be. (I promise)

And if I had to walk the world, I'd make you fall for me,

I promise, I promise you I will ...

I will...

I will...

I will...




A LISTA.


Acredito que com tempo tornamo-nos mais seletivas e também intolerantes com algumas pessoas e situações, mas é evidente que isso não ocorre com todos. Vai depender de muita coisa: da educação que recebemos e de como absorvenmos nossas experiências ao longo da vida.

Comigo ocorreu o senguinte, percebi que fiquei mais seletiva nos quesitos: pessoas e situações. Às vezes, chego ao exagero e vou à tolerância zero sem perceber, principalmente se estiver "naqueles dias" (TPM) ou simplesmente porque sei até onde vai o meu limite. Não pensem que me transformei numa chata, "mulher mal-resolvida", uma intolerante sem causa. Pelo contrário, sou do tipo que não se engasga com qualquer mosquitinho, tiro de letra saídas para não enloquecer ou perder a calma nesses momento, com alguns artifícios, criados espontanemente com a vida, o tempo e minha análise. O que me proponho a dizer nestas linhas é revelar que se não gosto não consumo, não escuto, não invisto, não me dedico, simples assim. Às vezes certas situações são "impossíveis" de lidar e tornam-se “difíceis de mais” por não ter como escapar a elas.

Vou descrever realmente não "tolero" e faço de conta que não ouço, não vejo e não me implico. Ligo meu MP3 localizado na região frontal de meu encéfalo e pronto.

MINHA LISTA NEGRA:

• Mentira, vindo de onde vier;

• Indecisão (Cara, ou é ou não é!!!)

• Gente chata que reclama de tudo e de todos;

• Mau-caratismo;

• Falta de educação;

• Mulher vagabunda;

• Homem cafajeste;

• Perua sem classe ao estilo cearense;

• Fila (qualquer tipo);

• Insônia





Saudades.

Sinto muitas saudades: minha infância junto com meus amigos, primos e das bricadeiras que invetávamos, do sítio da tia Dolores e do que a turminha aprontava sempre; meus avôs que já se foram, do sorriso e do abraço sempre acolhedor deles; minha crença em Papai Noel e dos maravilhosos Natais passados na casa de minha querida e saudosa avó Cleta com a família toda reúnida; época de escola na infância e na adolescência, menos das enormes, desumanamente enfadonhas tarefas e dos momentos de avaliação, sempre tive certo "pavor" às provas; conversas com os amigos sobre os primeiros amores, de nossos passeios dia de sexta-feira na Praça Portugal, sábado no Iguatemi e domingo na "volta da Jurema" (hoje conhecida como Beira-Mar, em frente ao Granville); dos momentos do recreio, que serviam mais para conversar com os amigos e paquerar com os bonitinhos; das viagens com os meus ainda grandes amigos para Juazeiro, Crato, Jaguaribe, Cedro, Praia da Baleia, Icaraí, Paracurú; das saídas à noite ao Éden, Esquina do Sucesso, Sorveteria Kibon, Via Paris, Cais Bar, do imbatível sabor do "Pedacinho do céu" e da caipiroska que lá serviam; do La Tratoria, das massas, principalmente da lasagnha, .... Puxa são tantas as lembranças boas, alguns lugares permanecem, mas o ritual das pessoas não são os mesmos daquele tempo e algumas pessoas queridas não existem mais em minha vida, mas a saudade é frequente e me sinto bem ao relembrar desses momentos felizes. Afinal, fazem parte de minha história.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Luiz, sinto muito!

Hoje soube do falecimento de um conhecido da minha família, na verdade ele era um rapaz que havia trabalhado na casa de minha avó materna durante a juventude. O conheci quando ainda era criança e desde essa época soubera do drama que a bebida transformara sua vida. Os anos foram passando, perdi minha avó com a idade bastante avançada, mas o rapaz nunca perdera o vínculo com aquela casa e a alguns membros da família que ainda moravam nela. Ao longo desses trinta anos o rapaz nunca desaparecera por completo, vez por outra vinha à casa de minha avó, para fazer algum tipo de serviço doméstico em troca de dinheiro, em diversas ocasiões se oferecia por qualquer valor, só para não deixar a família sem ter o que comer naquele dia. Por conta do alcoolismo, nunca conseguiu permanecer em nenhum emprego, às vezes nem minha avó, que sempre fora muito paciente, o tolerava quando chegava trôpego e com fala embolada, sempre se desculpando por mais um atraso e negando ter bebido. Ele era casado e tinha filhos, a esposa era uma pessoa boa e batalhadora, mas cansada de viver com a doença do marido. Ela demorou muito até decidir abandoná-lo e sumir com os filhos, acredito que ela devia ter se perguntado milhões de vezes para si mesma, de como alguém tão terno para com ela e os filhos, mas ao mesmo tempo tão fraco diante de um vício que lhe sorvia a vida.


Hoje me falavam da morte do Luiz e meu dia se entristeceu. O vi pela ultima vez há uns dois meses, estava bêbado, para variar, mas pedindo pelo amor de Deus por um prato de comida.

Luiz, que Deus te receba de braços bem abertos!!!

terça-feira, 16 de março de 2010

Olha a paranóia??? Você é "normal"!!!

Vamos ser sinceros. Quem nunca sentiu a dor de uma perda, tal como se arrancassem abruptamente um pedaço essencial e necessário de sua vida? Ou esteve a beira da loucura, sentindo-se incapaz de seguir com a vida sem os planos de outrora? Ou se deparou pelo menos uma vez na vida com pensamentos negativos esmagadores que lhe fizeram paralizar? A gente não sente, mas estamos constantemente sendo bombardeados por valores que nos distanciam de nossa humanidade. A maioria de nós evita falar desses percalços, momentos infelizes, isso porque distorcemos o verdadeiro significado do que é felicidade, vendida pela mídia como constante, duradoura e estampada através de nossa imagem. Quando vamos assumir que somos humanos, que temos momentos de tristeza, depressão, que já passamos dias sem conseguir dormir por não conseguir superar a angústia e o medo? Temos o direito de exprimir nossos sentimentos sem vergonha do que os outros vão pensar.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Para você, seu cabeçudo!

Não se precipite com decisões extremas e radicais, mas não esmoreça no meio do caminho. Tenha fé e esperança que as coisas vão seguindo seu curso natural, mas se acreditar que elas podem dar realmente certo. Não devaneie demasiadamente em seus achismos sem fundamentos, em suas certezas inabaláveis, o que passou não está mais no tempo presente e, por favor, não tire conclusões sobre alguém que mal  pôde conhecer. Você pode estar desperdiçando "anos dourados" com lembraças e feridas que ficaram para trás, feitas por pessoas que não conheci e nem pretendo, pelo simples fato de terem lhe trazido falsas esperanças e  sofrimneto em demasia. Acredite, o presente é vivo, é intenso, é o momento certo de agir, de arriscar-se em seus maiores sonhos. Cruzar os braços e deixar momento preciosos da sua vida nas mãos do destino, para o amanhã, pode ser tarde de mais, não sabemos ao certo se haverá futuro para você, para mim ou entre nós. Que tal nos deixarmos guiar pela confiança um no outro, assim podemos nos abrir ao diálogo, aquele que prometeu ser feito "olhos nos olhos", talvez, dessa forma, possamos saber se valerá a pena começarmos novemente do zero, aquela história que por motivos outros te impulsionaram a deixar em aberto o segundo parágrafo do primeiro capítulo. Não que eu estivesse gostando da narrativa, da introdução e do enrredo que havia ligado de certo modo os protagonistas repletos de coisas para compartilhar.
Para você com muito carinho,  meu sincero ponto de vista sobre o início de uma bela história que deve acontecer.

terça-feira, 9 de março de 2010

PEQUENAS DISTRAÇÕES.

Já entrei de uma vez dentro de uma carro desconhecido que estava parrado no sinal vermelho no cruzamento da Santos Dumont esquina com a Barbosa de Freitas na poltrona do passageiro, acreditando estar ao lado de meu carona. Na ocasião, era noite, aproveitei que o carro havia parado no local combinado e abri a porta muito rapidamente e entrei. Assim ocorreu: entrei, sentei e comprimetei de modo amigável, mas íntimo: "Tudo bem? Mas que trânsitito, vc demorou, em? Foi aí que nos olhamos e eu gritei feito uma louca: Minha nossa, quem é você?! Fiquei muito desconcertada, pedi mil desculpas ao rapaz e saí feito uma bala do carro. O "pobe réi" não fez reação nehuma, a não ser permanecer de olhos e a boca bastante arregalados com uma expressão que geralmente fazemos quando abordados por alguém em surto ou diante de um assalto. Aconteceu comigo, vcs podem acreditar nisso??

segunda-feira, 8 de março de 2010

Devaneios de uma sobrevivente.

A vida realmente não é como gostariamos que fosse, no entato, acredito que recalcamos esse fato a cada 24 horas, visto estarmos constantemente insistindo em seguir em frente com os mesmos objetivos, acreditando que o leme está sempre sobre o nosso controle. Mesmo após atravesar diversas tormentas e sobreviver a maremotos, passamos anos insistindo e acreditando que aquela rota planejada com tanta precisão e paixão correspondia ao caminho da realização de nossos maiores sonhos. Mas há momentos que nos fazem questionar se esses "ideais de vida" são realmente aqueles que irão nos proporcionar felicidade. Então eu pergunto: Por que não comigo??? Por que não posso acreditar que a mudança de rumo será o melhor a fezer, onde aceitar o que não era para ser é a melhor das descobertas. E a rota??? A vida é sinônimo de jornada. Coragem, marujo, siga de acordo com seu coração, porém atento aos sinais que a própria vida aponta.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Minha não tão terrível rotina.

Segunda-feira, começa a semana de trabalho, correria, faz isso, paga aquilo, uma tendência enorme para cair na mesmice. Mas eu não me entrego, acredito que criei um dispositivo para sair um pouco da rotina. Odeio rotina!!! Por isso, mesmo no corre-corre sempre encontro momentos para ler algo prazeroso, ouvir uma musiquinha no banho ou ao volante, tomar sorvete no final da tarde, café com amigos, cinema na última sessão, alugar um DVD de comédia, caminhar ouvindo U2 ou MOBY. Lembro-me dessas coisas pois quero me situar para onde estou indo com tanta pressa. A segunda não é tão diferente do domingo, pelo menos eu passei a acreditar nisso.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Um brinde as longas e preciosas amizades.

Estar entre pessoas realmente amigas me faz pensar que carrego comigo pedras preciosas. Não nos viámos todos juntos há algum tempo. Alguns faziam anos, mas não senti o distanciamento desse tempo, pareceu-me um dia desses que vi o Bitú. Acredito que este sentimento é fruto de amor e respeito cultivados um pelo outro nesses longos anos. Segem mais de vinte anos de amizade, cumplicidade e sei bem o quanto isso vale para cada um de nós. Hoje sem nenhum planejamento prévio nos reencontramos, quatro de nós foram os primeiros, começamos como simples colegas no colegial, depois, aos pouco fomos nos tornando amigos. Faziámos diversas coisas juntos: estudávamos, iámos ao cinema, festinhas, barzinhos e viajávamos sempre que surgia um boa oportunidade, Praia da baleia, fazenda em Jaguaribe, Exposição do Crato, casa da Manô no Juá, Festa do Chitão no Cedro, Carnaval no Icaraí e em Paracurú, Casa da Tia Cecília no Mulungú e outras tantas que nem me cabem na memória. Ao longo desses anos a turma foi se ampliando e passamos a ser amigos também dos pais, dos irmãos, dos tios, dos primos e dos amigos dos amigos de cada um.
Andrea, Alexandre e Manô, valeu muito a pena nos encontrarmos em 1987, anos em que tudo começou.
Uma pequena observação: a Andrea conheci em 1986 no IBEU.
Vale ressaltar que a amizade de Manô e Alexandre transformou-se numa bela história de amor que resultou em casamento.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Sobre sonhos.

"Mesmo que por pouco tempo, foi real. Não se pode apagar um sonho que aconteceu. E esse sonho não aconteceu no começo nem no final, mas enquanto acontecia. Durante a travessia." Edmar Oliveira (psiquiatra e escritor de "Ouvindo Vozes: histórias do hospício e lendas dos encantado")

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Não pense muito, mexa-se!

Se o desejo é maior, esqueça-se do medo.
Siga em direção a seus sonhos, não há caminho sem risco, portanto, mexa-se, levante-se e vá buscar o que mais suplica seu coração. Lembre-se: amanhã pode ser tarde de mais.

Divagações I

Pensando bem, gosto de conversar.
Falar assunto sério,filosofias ou somplesmente abobrinhas, não importa se é sobre o tempo, o trânsito, o livro que se está lendo, o filme tal, a música, a poesia, o autor, a última notícia dos jornais, a gafe hilária, o rapaz bonito, a velha chata, o F.D.P da vez,..., etc.
Não importa o tema, o assunto, contanto que seja feito em ótima companhia. Se não for uma boa companhia, melhor os momentos de uma "solidão disfarçada", aquela em que a melhor compahia são meus botões.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

ANOS DOURADOS - CHICO BUARQUE & TOM JOBIM.

Parece que dizes
Te amo, Maria
Na fotografia
Estamos felizes
Te ligo afobada
E deixo confissões
No gravador
Vai ser engraçado
Se tens um novo amor
Me vejo a teu lado
Te amo?
Não lembro
Parece dezembro
De um ano dourado
Parece bolero
Te quero, te quero
Dizer que não quero
Teus beijos nunca mais
Teus beijos nunca mais
Não sei se eu ainda
Te esqueço de fato
No nosso retrato
Pareço tão linda
Te ligo ofegante
E digo confusões no gravador
E desconcertante
Rever o grande amor
Meus olhos molhados
Insanos, dezembros
Mas quando me lembro
São anos dourados
Ainda te quero
Bolero, nossos versos são banais
Mas como eu espero
Teus beijos nunca mais
Teus beijos nunca mais

AMO VOCÊS

Quero declarar meu amor às queridas amigas: Adele, Adri, Marilinha e Soninha. Em nosso recente encontro, retorno da Soninha para Angola, infelizmente a Adele não pôde comparecer (ossos dos inúmeros ofícios a que nos dedicamos por dom e por amor), mas foi lembrada e agraciada com uma linda lembrança angolana.
Sempre que possível nos encontramos só por saudade e compatilharmos nossas vidas em conversas sobre as novidades, a última viagem, a gracinha de um filho, a dor, a paixão, o amor, a família, enfim, tudo vira partilha nessas poucas horas que passam muito muito rápido. É tão bom, às vezes me pego lembrando e dou risada, todas falando ao mesmo tempo, dando guardalhadas e ouvindo a Marilinha dizendo: Gente, pelo amor de Deus, não contem a ninguém!!! Ela sempre pede isso!!! kkk...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

DE VOLTA

As vezes é necessário nos ausentar uns dias do nosso cantinho, de nossa "vidinha cotidiana" para podermos reavaliar o que estamos verdadeiramente fazendo com eles, qual nosso propósito. Faço isso sempre que posso. Nessa última saída da órbita, viajei sem pressa, sem horários definidos e sem muitos planos, a não ser o horário e o dia da volta minha família, meus amigos, minha cidade, minha casa, meu quarto, meus trabalhos, minhas coisas, meus livros e etc.
Avaliação do momento: Acredito que estou no caminho certo!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

O tempo do Alê

Hoje de manhã meu sobrinho de quatro aninhos me perguntou:
- Madrinha, quando você vai voltar para sua casa lá em Fortaleza?
- Depois de amanhã, meu amor.
- Ahhh... que triste, não gostei disso (fez cara de choro).
- Mas, veja, tenhos hoje e amanhã o dia todo juntos.
- Ufa!!! Então ainda tem um montão de tempo, né???

À MEU MELHOR AMIGO

Encontrei essa carta escrita há algum tempo atrás na última gaveta do criado mudo, estava em meio a outros papéis, até um pouco amassada. Não lembrava mais dela, mas ao relê-la voltei a sentir e compreender o que me impulsionou a escrevê-la naquele momento de minha vida. A carta estava endereçada a meu melhor amigo, mas nunca tive coragem de entregá-la, não sei como reagiria, na realidade nem sei mesmo se era essa aminha intensão, pois pensando bem era uma forma de resignificar toda uma história de duas pessoas que se gostavam muito, que compartilhavam algumas ideias sobre a vida, a família, o amor, o trabalho e principalmente sobre o respeito ao próximo. Nos conhecemos há bastante tempo e a distância não nos impediu de nos aproximar mais e mais ao longo dos anos. Minha admiração por ele é imensa, conheço seus defeitos, de suas teimosias e deus conflitos com essa "vida louca"  que nos apronta sem aviso prévio o próximo golpe (assim como eu)  mas nada disso muda o amor que tenho por ele. Sei que ele vai ler isso e é bom que ele saiba mesmo que é muito especial para mim. A vida passa rápido de mais e a gente acaba se esquecendo de dizer coisas essenciais a quem amamos.
Caro amigo, você é e sempre será  meu anjo da quarda e meu colinho predileto. Obrigada por estar na minha vida. Te amo e estarei sempre torcendo por você, esteja onde estiver, temos laços que jamais nos fará nos distanciar.

AMOR SEM ESCALAS

Minha intensão era assistir ao sempre LOTADO "Avatar", e mais uma vez não deu certo, optei então por assistir ao filme que estava a minha disposição naquela tarde quente e chuvosa. Comprei um bilhete para o Amor sem escalas (Esse trocadilho é engraçado!). No primeiro momento, pensei que se tratasse apenas mais uma comédia romântica, também com esse título??? rs. Nada disso, o filme é fantático, a fotografia espetacular, a atuação do George Clooney simplesmente impecável (o homem é igual a vinho), o final surpreendente e na realidade um bom final, por que na vida real as coisas não saem como planejammos e não há tantos finais felizes assim. Não quero contar mais nada sobre o filme, apenas indicar um embarque para o Amor sem escalas. Tirem suas proprias conclusões.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

"Alguma coisa acontece em meu coração (...)" Caetano tem razão.

Hoje mantenho uma relação tranquila com a cidade de São Paulo. A primeira vez que estive por aqui ainda era uma adolescente, numa viagem muito rápida, onde não deu para conhecer quase nada, na ocasião não vi nenhuma coisa de espetacular além de muitos shoping centers, o parque do Ibirapuera, o Instituto Butantã, o Zoológico do Estado, e uma imensidão de arranha-céus a perder de vista. Dez anos mais tarde voltei à Sampa para o casamento de meu irmão, mas o impacto foi de outra ordem, conheci pessoas bacanas, estabeleci relações que duram até hoje, mas a cidade ainda era uma incógnita, nem cogitava lançar uma opinião sobre se seria bom viver numa cidade radicalmente diferente da minha Fortaleza.  Não imaginava que dois anos depois eu iria me estabelecer para iniciar uma carreira academica. Puxa!!! O ano de 2008, não foi nada fácil, tive inúmeras experiências que marcaram visceralmente minha vida e fizeram de mim uma outra pessoa. É impressionante como em um ano, a experiência em outro lugar, outra cultura, com pessoas completamente habituadas a outro modo de vida, mesmo que seja no mesmo país, possa transformar a vida de uma pessoa num giro de 180º. Posso dizer que existe uma outra pessoa depois desse momento em que vivi, e sobrevivi em São Paulo. Por conta de inúmeras experinêcias boas e muitas ou não boas e até decepcionantes, passei um longo período de mal com São Paulo. Asssim como na música de Caetano, entendo que "(...) quando eu cheguei por aqui eu nada entendi", sofri de solidão, aprendi a me virar sozinha, mas me deixei levar de mais pela dureza de morar sozinha, de acreditar que venceria a batalha, arrumaria um bom emprego, passaria num concurso, superaria minhas dificulades e realizaria alguns de meus projetos  tão sonhados, sem beber da fonte de minha terra, de meus amigos e familiares.
Passados mais de dez anos desta rico período, superei tudo isso, conquistei meus projetos, mas em minha terra natal. É evidente que levei um bom tempo para elaborar o que realmente eu vim buscar por aqui, eu vim buscar a mim mesma, vim buscar no desconhecido minha força para viver além do horizonte, mesmo sem realizar os tão almejados sonhos. Hoje posso dizer sem demagogia e de alma lavada: Amo a cidade de São Paulo, seu cosmopolitanismo (se essa palavra realmente existe!), seu modo democrático de aceitar os mais diferentes estilos de ser de cada um de seus habitantes, sejam de descendência nordestina, sulista, japoneza, israelita, grega,  indiana ou alemã. Não por acaso, venho muito à São Paulo, gosto do inverno daqui, das livrarias, dos Sebos, dos cafés, das das exposições de arte, do teatro, dos barzinhos bacaninhas, dos passeios ao centro antigo e das minhas loucas compras na 25 de Março. Além disso, tenho profundos laços afetivos, preciosos para  mim, nela reside parte de minha família, mais uma justificativa para gostar de estar aqui sempre que posso.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Dica de Leitura.

Estava em sua casa mais uma vez, há quanto tempo não o via, queria falar amenidades, contar as novidades de nossa terrinha, da família, coisas que parecem não ser bem transmitidas por interurbano, foi quando mostrei o livro " Ouvindo Vozes" que ando lendo e me deliciando naqueles últimos dias. Ele o pegou, passou os olhos com certo desdém, calou-se por um momento e no meio de outra conversa me perguntou ironicamente "...  e você está mesmo??? kkk...
Mas... falando sério, esse livro é imperdível, indico à todos, principalmente para quem trabalha na área psi e com saúde mental.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Ela estava onde queria.

Ela sentiu um certo estranhamento por realmente estar onde queria. Depois de tantos projetos não concluídos,  mudanças de planos provocados pelo próprio destino, ela finalmente realizara o desejo de estar ali.
Isso a fez pensar que mesmo após algumas desilusões, o melhor a fazer é continuar acreditando. O estranhamento não durou mais que vinte minutos, o suficiente para rever algumas passagens da vida recente e agradecer à Deus simplemente por está ali.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Quando A Gente Ama (Oswaldo Montenegro)

Quem vai dizer ao coração,
Que a paixão não é loucura
Mesmo que pareça
Insano acreditar
Me apaixonei por um olhar
Por um gesto de ternura
Mesmo sem palavra
Alguma pra falar
Meu amor,a vida passa num instante
E um instante é muito pouco pra sonhar
Quando a gente ama,
Simplesmente ama
É impossível explicar
Quando a gente ama
Simplesmente ama!

Ciranda da bailarina (EduLobo & Chico Buarque)

Procurando bem
Todo mundo tem pereba
Marca de bexiga ou vacina
E tem piriri, tem lombriga,
tem ameba
Só a bailarina que não tem
E não tem coceira
Verruga nem frieira
Nem falta de maneira ela não tem
Futucando bem
Todo mundo tem piolho
Ou tem cheiro de creolina
Todo mundo tem
um irmão meio zarolho
Só a bailarina que não tem
Nem unha encardida
Nem dente com comida
Nem casca de ferida ela não tem
Não livra ninguém
Todo mundo tem remela
Quando acorda às seis da matina
Teve escarlatina
ou tem febre amarela
Só a bailarina que não tem
Medo de subir, gente
Medo de cair, gente
Medo de vertigem
Quem não tem
Confessando bem
Todo mundo faz pecado
Logo assim que a missa termina
Todo mundo tem
um primeiro namorado
Só a bailarina que não tem
Sujo atrás da orelha
Bigode de groselha
Calcinha um pouco velha
Ela não tem
O padre também
Pode até ficar vermelho
Se o vento levanta a batina
Reparando bem,
todo mundo tem pentelho
Só a bailarina que não tem
Sala sem mobília
Goteira na vasilha
Problema na família
Quem não tem
Procurando bem
Todo mundo tem



DESEJOS de Carlos Drummond de Andrade

Desejo a vocês...
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho.
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.

TAMBÉM QUERO UM AMOR FEINHO

AMOR FEINHO - Adélia Prado
Eu quero amor feinho.
Amor feinho não olha um pro outro.
Uma vez encontrado, é igual fé,
não teologa mais.
Duro de forte, o amor feinho é magro, doido por sexo
e filhos tem os quantos haja.
Tudo que não fala, faz.
Planta beijo de três cores ao redor da casa
e saudade roxa e branca,
da comum e da dobrada.
Amor feinho é bom porque não fica velho.
Cuida do essencial; o que brilha nos olhos é o que é:
eu sou homem você é mulher.
Amor feinho não tem ilusão,
o que ele tem é esperança:
eu quero amor feinho.





terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Saúde Mental: é a nova!!!

Trabalho com gente há bastanete tempo e meu foco sempre foi o "sujeito do incosnciente", aquele que habita por trás dos sintomas que tanto afetam a vida da pessoa de modo incomodo e dessestabilizante. Meu trabalho com gente tem se desenvolvido em diferentes áreas de atuação da Psicologia, além da clínica consultório, em projetos sociais, escolas especiais, hospital infantil e hospital mental. Minha formação e atuação são demandados pela psicologia, mas minha escuta e minha compreensão da constituição do sujeito e suas estruturas sempre são fundamentadas na Psicanálise de Freud e Lacan.
Nesses lugares em que atuei até hoje, aprendi muito com meus supervisores, colegas, mas principalmente e indiscutivelmente com meus pacientes.
Essa historinha toda é para contar que sempre penso bastante sobre a questão do trabalho com a Saúde Mental. A partir de Freud as coisas mudam de lugar (ou viram do avesso), nele descobrimos que essa tal de "saúde mental" é algo da instância do impossível para qualquer pessoa, pois a normalidade é ilusória, não existe.
Em aulas sobre Introdução à Psicanálise para alunos de Pós-Graduação em Educação e Psicopedagogia que vez por outra conduzo, vejo a perplexidade nos rostos de meus alunos ao me ouvirem pronunciar algumas noções básicas sobre a teoria do inconsciente e da sexualidade infantil.
Em 1919, Freud escreve sobre as contribuições que a Psicanálise poderia trazer aos cursos universitários, pricipalmente para a Medicina e a Psiquiatria, que segundo ele, necessitavam de um bom referencial psicológico sobre a dinâmica do funcionamneto psíquico, de modo que um clínico viesse indentificar o que é da ordem do orgânico e do psíquico. Na época, essas ideias não foram bem aceitas, o meio científico não conseguia digerir algo não explicável a nível consciente, do que não pode ser ferifiável pela razão. Noventa anos se passaram e contunuamos não querendo saber muito sobre o insconsciente, estamos sempre precionados culturalmente a procurar por sintomas, enquadrar a sintomatologia em doença e em eliminá-los por meio de remédios ou exclusão social, como ocorre em caso de surto psicótico. 

domingo, 7 de fevereiro de 2010

UM POUCO SOBRE O INÍCIO

Sempre fui encantada por crianças, poderia descrever inúmeros motivos que me levam a ser assim com elas, mas seria cansativo  para qualquer ouvinte. Quando me graduei em Psicologia ainda não tinha essa certeza de que realmente desejava trabalhar com crianças, mesmo já tendo iniciado essa experiência nos inúmeros estágios que fiz na área escolar (em escola regular e especial), além exercido através da Clínica-Escola. Após me formar psicóloga, fui morar fora e embarquei num projeto mais acadêmico, fui fazer especialização e pensava seguir funturamente com um mestrado e, quem sabe até doutorado, em Psicanálise. Essa certeza eu já tinha em mim, Psicanálise foi paixão à primeira vista. Mas... voltando ao tema de minha assunto e também de volta à minha terra, com nenhum daqueles planos acadêmicoc concretizados, fui convidada por uma amiga a participar de uma selação para trabalhar voluntariamente no HIAS com crianças com câncer. A carga horária era extensa, mas o trabalho a ser executado era árduo e por vezes pouco suportável. Eu adorava crianças! Mas conviver com crianças doentes e com a eminência de morte, foi um grande impacto em minha vida. Meu primeiro paciente, jamais o esquecerei, era um garotinho de 1 ano e meio. No primeiro contato, ele estava no colo da mãe com o rosto voltado para o dela. Naquele momento aquela mãe não via o que em poucos segundos eu iria ver, um rosto deformado por um tumor na retina esquerda, foi deste modo que aprendi o que era um "retinoblastoma" e quais as parcas chances de sobrevida daquele pequeno. A visão daquele rosto, um verdadeiro encontro com o real, me fez passar mal e querer sair correndo pelo corredor da Unidade para evitar minhas lágrimas. Não sei como me contive e iniciei uma longa conversa com aquela mãe. E assim se iniciou meu estágio, foi um ano de muito trabalho, estudo e paciência com todo aquele universo desconhecido para mim até então. Mas uma experiência que me trouxe lições para toda a vida. Naquela ocasião eu fazia parte de um grupo de estagiárias abençoado, pélolas de garotas, sempre dedicadas às crianças e seus familiares. Erámos um grupo de "meninas", se assim posso dizer, pois realmente assim parecíamos, mas firmemente decididas à trabalhar com crianças, estejam elas gravemente doentes ou não.
Quando eu chegava em casa exaurida de cansaço, queria compartilhar com alguém como havia sido meu dia de trabalho, mas ninguém em casa queria ouvir. Minha mãe, que sempre fora uma ouvinte fiel, já dizia: Não me conte nada triste, não quero saber dessas histórias de morte, de criança agonizando e com doenças em fase terminal!!!
Eu não tinha muito com quem compartilhar, a não ser com minha querida chefe e minha colegas estagiárias. Foi  exatamente nesse período que passei a rever meus conceitos, a pensar mais sobre a vida, meus objetivos e principalmente o que eu estava pretendendo fazer "naquele lugar". Não lembro quem, mas uma amiga me perguntou exatamente isso e eu não pensei ao responder: "Gosto delas e alguém tem que fazer alguma coisa!!! Falei isso por que inúmeras vezes me deparei com a seguinte cena: uma criança gravemente adoecida, sentindo dores lancinantes, passava a agonizar, a dar seus últimos suspiros de vida e todos que estavam ao seu redor subtamente desapareciam, os pais deseperados corriam para os corredores em prantos, as enfermeiras arrumavam algo mais urgente a fazer, as auxiliares do mesmo modo. Quem, então iria segurar firmemente naquela mãozinha até ela fechar seus olhinhos pela última vez?

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