segunda-feira, 31 de maio de 2010

Foi preciso se revirar por dentro.


Não. Ela não havia planejado ficar só. Sonhava em terminar seus dias ao lado de seu pretenso amor. Sofreu muito por antecipação do que não realmente aconteceu. Ele se foi e ela não morreu como o amor que ele tinha por ela. Aguentou muito mais do que um dia havia deslumbrado passar. No início, após o rompimento e partida dele para o passado, sentiu-se frágil e deslocada. Perdida entre desejos de morte ou homicídio não pode ver de imediato a grande fantasia que criara em sua janela para o mundo e tolamente imaginava no que dizer aos mais próximos que ela estava só. Como se isso não fosse o seu melhor para dali em diante. Ela percebeu que estar só não significa despir-se da doçura e da beleza de ser. Foi a partir de então que ela passou a ser a mulher que todo homem um dia gostaria de compartilhar sua vida, mesmo que por um breve tempo.

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