terça-feira, 29 de junho de 2010

Preciosa e os sem esperança.


Assisti “Preciosa” com meus alunos neste fim de semana. Meu intuito era abrir uma discussão sobre os mais diversos aspectos da exclusão social e da violência, assim como também trazer para o campo da educação, meios de trabalhar com tais questões na escola, tanto no auxílio aos problemas como na prevenção dos mesmos. A turma é composta por educadores e a maioria deles trabalha com ensino infantil e fundamental da rede pública. O filme trouxe grande impacto para eles que o consideraram extremamente violento e realista. Minha surpresa foi ouvir a opinião deles sobre o destino de jovens como Preciosa. A maioria deles afirmou que nada podiam fazer diante de uma situação como aquela e que o futuro de Preciosa era a morte eminente. Eu sei e eles também que “aquela história” não era tão fantasiosa e distante da nossa. Mas afinal há muita coisa a se fazer enquanto educador. Sabemos também que na maioria desses casos, onde família se desestruturou, cabe o meio escolar poder fazer algo pela criança ou adolescente. Mas se o educador não encontra esperança em nenhum tipo de trabalho como enxergar um futuro decente e promissor para esses jovens?
Não neguei minha decepção, porém os estimulei a repensar sobre o papel que exercem na vida de uma criança e adolescente.

Leiam o que quiserem, mas deixem-nos escrever.

Que fique bem claro: desejo escrever por que me sinto livre fazendo isso. Estou cansada de ouvir críticas de quem lê pouco, mal e tem muito menos a dizer sobre o que as pessoas escrevem em seus blogs, generalizando o que na realidade é de ordem subjetiva. Cada um escreve por desejo que, às vezes, nem mesmo sabe-se quais os motivos, no entanto impulsionam à escrita. Se no mundo em que vivemos, alguns têm o privilégio de poder se utilizar dessa ferramenta para escrever, por que não através da internet? O que não aceito é crítica de gente que não sabe o que está dizendo e sai por aí com a tola necessidade de normatizar um ideal de escrita. Eu escrevo sobre o que quero, sobre o que quero e nem sempre o tanto que gostaria por falta de tempo.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Criança tem cada uma...

Mais uma do Alê, meu sobrinho de 04 anos


Cedo da manhã, o pai estava fazendo a barba e ele aparece no banheiro e pergunta:

- Pai, hoje eu vou para escola?

- Claro.

- Mas ontem eu não fui. Por que tenho que ir hoje.

- Ontem estava muito frio e você acordou tossido muito.

Mal o pai terminou de falar o menino:

- Cofh! Cofh! Cofh! Cofh! Cofh! Cofh!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

FÉRIAS NO CARIRI - PARTE I

Ele não havia despertado tanto interesse nela, pois era uma “meninona”, imatura e desajeitada quando se tratava de conquistas amorosas. Ela o conheceu nas férias de julho no meio de muita festa e diversão na região norte do Ceará. Ele era o amigo do primo de uma amiga. Foi uma semana de muita brincadeira, conversas, banhos de piscina e festas que iam do forró breguérrimo de Assizão à lambada de Beth Menezes, da balada do A-Ha ao Erasure, do som do New Order ao Pink Floyd. Na verdade, a turminha ouvia de tudo sem preconceito, o dia todo sem cansar, e também se divertiam "pra burro", quando não era na piscina  em forma de olho, era numa das varandas da casa, no sítio em Barbalha, no clube do Crato e nas festas que rolavam todas as noites com direito a trio elétrico, forró e lambada. Se a festa não tava lá essas coisas, eles apareciam na boate do hotel e dançavam até o amanhecer. Para aguentar o rojão optavam pelo treiler do Fricote (fricote com ou sem ervilha!) ou pelos quitutes de dona Mariêta (a melhor escolha!). Ele realmente não a interessava, achava que não fazia o seu tipo. Acontecia que nessa época, ela acreditava que tinha um tipo de homem lhe atraia. Ele, por sua vez também não sentia nada pela garota desengonçada e gordinha. Eles se encontraram outras n vezes, mas sempre rolava muita brincadeira. Uma vez, após um show dos Paralamas no Paulo Sarasate, e disso ela não esquece, ele a chamou para ir ao cinema na frente de todos, na época um filme de terror. Ela, acreditando ser mais uma brincadeira prontamente respondeu que não iria nem morta. Se ela não fosse tão acelerada e um pouquinho mais esperta teria topado e quem sabe dali alguma coisa boa teria surgido. No mínimo uma bela amizade.

domingo, 20 de junho de 2010

O diálogo.

Tudo se passsou numa lilás tarde de domingo numa exposição de arte:

Queres saber se sou solteira? Sim, sou.

Queres saber se fui casada? Não, mas estive bem próximo disso duas vezes.

Queres saber se amei alguém? Sim, amei muitos.

Queres saber se sofri por não ter um amor correspondido? Sim, diversas vezes.

Queres saber se sofri a cada desilusão? Muito, até ver que já tinha derramado todas as lágrimas, sanado toda a tristeza e a dor.

Queres saber se namorei muito? Bem mais do que imaginava.

Queres saber se anseio por encontrar o homem da minha vida? Não penso nisso. Se vier será mais um homem na minha vida, não posso negar que tive outros no passado.

Queres saber se penso em casar? Não tanto como antes. Isso de casar não me causa tanto. Quero estar casada com minha felicidade.

Queres saber se mais sobre mim? Olha está ficando tarde, quem sabe outra hora. Estou como sono, tenho que ir. Foi um prazer te conhecer, tchau.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Deixemos os xurumbambos.


Meu limite para encarar pessoas pequenas é nulo. Quando lembro que perdi cinco minutos de meu precioso tempo com quem não vale o esforço, paro, respiro e tudo volta a ser mais agradável, até o ar que repiro. Como uma amiga sempre me lembra: As cães, ladram. A caravana, passa!

sábado, 5 de junho de 2010

Ainda bem, são de quatro em quatro anos.


Além das eleições, um dos assuntos mais debatidos nas rodas de bate-papo é Copa do Mundo e, claro as especulações em torno da seleção brasileira. A copa está na boca do povo, nas vitrines das lojas e comerciais dos mais diversos mercados. Porém, não estou nem aí para ela e sim para os efeitos que o exagero e do prejuízo possa trazer para nós se permanecermos focados nela, sem nos dar conta nos acontecimentos sociais e políticos de interesse geral da nação.

Há anos que não me animo em torcer fervorosamente pelo time de meu país. Tenho orgulho do Brasil, de nossa cultura e de nosso povo, até torço po ela, mas não deixo de entorpecer ao ponto de meu dia inteiro paralisar por conta de 90 minutos de uma disputa de gols. Quando sou inquirida sobre meu desinteresse sobre a possibilidade da seleção disputar o hexa, existe sempre alguém apontando minha postura como radical. Analiso este assunto fazendo um paralelo com o Carnaval, tem muita gente que não gosta de Carnaval e opta por fazer outras coisas para se divertir na época em que o país para se divertir. As pessoas têm o direito escolher o que gostam de fazer e quando bem entendem. Gostar de futebol e Carnaval não necessariamente corresponde a quesitos necessários para se sentir um brasileiro que sabiamente pode se divertir de inúmeros modos sem deixar de lado suas responsabilidades.

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