segunda-feira, 26 de abril de 2010

O quero-quero quer voar bem alto.


Quero o amanhecer sobrevoando minha terra querida,

Quero o cheiro gostoso de mato de Russas,

Quero o gosto de doce-de-leite e queijo coalho de Jaguaribe,

Quero o balançar da rede na varanda em Munlungú,

Quero o vento nos cabelos em Canoa-Quebrada,

Quero o sono gostoso prolongado pelo frio em Guaramiranga,

Quero o mar salgado e aquecido pelo sol da Praia do Presídio,

Quero o céu estrelado em Jericoacoara,

Quero o azul do céu das manhãs em Paracurú,

Quero o verde das folhagens das mangueiras e dos cajueiros em Pindoretama,

Quero a paz do barulho do mar na Caponga,

Quero a leveza do entardecer rosa-azul-lilás de Fortaleza,

Quero o luar de Fortim à beira do Jaguaribe,

Quero minha terra sempre em mim, longe ou perto, São Paulo ou Angola,

Quero sempre comigo, nem que seja na lembrança, um pouco de cada, tudo isso e muito mais.

VIVE LA VIE!!!


Tudo o que me cerca ou me atrai ou me repulsa. Não sei como conseguia, estar no “meio terno”, ser politicamente correta, esperar acontecer até tudo mofar. Isso já tem muito tempo, anos que nem lembro ao certo. Será que tenho a alma tão velha assim? Apenas afirmo que hoje em dia a imparcialidade me incomoda, inquieto-me diante de situações em que as pessoas titubeiam, sentem-se estéreis e se dizem incapazes de pensar ou pronunciar uma opinião sobre. Hoje, vejo florescer a cada vez mais gente que parece não perceber o mundo que a cerca, parecem personagem de George Orwell em 1984. Vejo jovens escolherem uma carreira profissional que são mais vantajosas financeiramente, que o bom é um trabalho “estável” (isso existe?); que transam pela primeira vez em “tal idade”; porque está no tempo, mesmo sem saber por que (a pessoa não conta? E o sentimento?); casam-se por que todo mundo casa; tem filhos pelos mesmos motivos e por aí vai. Como se existisse uma LEI, uma NORMA para todos seguirem e serem FELIZES. Mas o que é felicidade a final de contas? Existe um conceito de felicidade estampado nas capas de revistas, nos outdoors, nos comerciais e nas entrelinhas de muitos textos de auto-ajuda, porém não os servem de muita coisa, além da distração e de uma fantasia inócua de que devemos ser assim ou assado.
Podemos ser felizes sim, cada um a seu modo. Vive la difference, Vive la vie!!!

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