terça-feira, 27 de abril de 2010

Simplesmente, saudade.


Quanta saudade de você!
Hoje, antes de ir para o trabalho, ouvi no rádio essa canção do Roberto Carlos lindamente interpretada por Daniela Mercury. De repente, me peguei pensando em você, no tempo que não volta mais e da bruta saudade que ainda insiste em não esmorecer nem um tantinho só. Você sempre estará além das lembranças daqueles dias de julho, um paraíso feito só para nós dois, dias que os anos jamais vão apagar de nossas memórias. A distância e outras impossibilidades nos forçou a tomarmos rumos diferentes, nossas próprias escolhas, e sem perceber fomos nos distanciando sem mágoas ou ressentimentos. Mesmo distante e não querendo me prender ao que já passou, gostaria muito de saber como vai você.

Como vai você  - Roberto Carlos
Eu preciso saber da sua vida
Peça a alguém pra me contar sobre o seu dia
Anoiteceu e eu preciso só saber
Como vai você ?
Que já modificou a minha vida
Razão de minha paz já esquecida
Nem sei se gosto mais de mim ou de você

Vem, que a sede de te amar me faz melhor
Eu quero amanhecer ao seu redor
Preciso tanto me fazer feliz

Vem, que o tempo pode afastar nós dois
Não deixe tanta vida pra depois
Eu só preciso saber
Como vai você

Como vai você ?
Que já modificou a minha vida
Razão da minha paz já esquecida
Nem sei se gosto mais de mim ou de você

Vem, que a sede de te amar me faz melhor
Eu quero amanhecer ao seu redor
Preciso tanto me fazer feliz

Vem, que o tempo pode afastar nós dois
Não deixe tanta vida pra depois
Eu só preciso saber
Como vai você

segunda-feira, 26 de abril de 2010

O quero-quero quer voar bem alto.


Quero o amanhecer sobrevoando minha terra querida,

Quero o cheiro gostoso de mato de Russas,

Quero o gosto de doce-de-leite e queijo coalho de Jaguaribe,

Quero o balançar da rede na varanda em Munlungú,

Quero o vento nos cabelos em Canoa-Quebrada,

Quero o sono gostoso prolongado pelo frio em Guaramiranga,

Quero o mar salgado e aquecido pelo sol da Praia do Presídio,

Quero o céu estrelado em Jericoacoara,

Quero o azul do céu das manhãs em Paracurú,

Quero o verde das folhagens das mangueiras e dos cajueiros em Pindoretama,

Quero a paz do barulho do mar na Caponga,

Quero a leveza do entardecer rosa-azul-lilás de Fortaleza,

Quero o luar de Fortim à beira do Jaguaribe,

Quero minha terra sempre em mim, longe ou perto, São Paulo ou Angola,

Quero sempre comigo, nem que seja na lembrança, um pouco de cada, tudo isso e muito mais.

VIVE LA VIE!!!


Tudo o que me cerca ou me atrai ou me repulsa. Não sei como conseguia, estar no “meio terno”, ser politicamente correta, esperar acontecer até tudo mofar. Isso já tem muito tempo, anos que nem lembro ao certo. Será que tenho a alma tão velha assim? Apenas afirmo que hoje em dia a imparcialidade me incomoda, inquieto-me diante de situações em que as pessoas titubeiam, sentem-se estéreis e se dizem incapazes de pensar ou pronunciar uma opinião sobre. Hoje, vejo florescer a cada vez mais gente que parece não perceber o mundo que a cerca, parecem personagem de George Orwell em 1984. Vejo jovens escolherem uma carreira profissional que são mais vantajosas financeiramente, que o bom é um trabalho “estável” (isso existe?); que transam pela primeira vez em “tal idade”; porque está no tempo, mesmo sem saber por que (a pessoa não conta? E o sentimento?); casam-se por que todo mundo casa; tem filhos pelos mesmos motivos e por aí vai. Como se existisse uma LEI, uma NORMA para todos seguirem e serem FELIZES. Mas o que é felicidade a final de contas? Existe um conceito de felicidade estampado nas capas de revistas, nos outdoors, nos comerciais e nas entrelinhas de muitos textos de auto-ajuda, porém não os servem de muita coisa, além da distração e de uma fantasia inócua de que devemos ser assim ou assado.
Podemos ser felizes sim, cada um a seu modo. Vive la difference, Vive la vie!!!

sábado, 24 de abril de 2010

Ao João, aos amigos, à vida, à felicidade, um brinde!!!

Hoje de manhã, vivi uma experiência indescritível, mas vou tentar contar a minha maneira como tudo aconteceu. Porem seu início foi assim: esta semana fui convidada por minha amiga para assistir ao parto de seu primeiro filho. Não, não foi “normal”, foi cesárea mesmo. Escutei de diversas pessoas que sou corajosa, mas não o meu ato não foi de coragem, mas de presença marcada. Mesmo não sendo muito chegada à ambiente cirúrgico, cheiro de éter e visão bisturis, nem hesitei negar o convite, o que imensamente me honrou.
Quanto nomeio esse momento como algo da ordem do “indescritível” é por perceber que por mais que eu tente explicar o que representam as emoções despertadas durante o nascimento de uma criança em mim, não consigo de fato fazê-lo com as mesmas palavras, expressões, jeito, como se fosse um fato corriqueiro, por que não foi. Só tenho que falar em FELICIDADE, por me sentir agraciada fazendo parte da vida das pessoas que amo.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

AVANTE!!!

Sim, a vida não é fácil e não estamos nela à passeio. Mas, deixemos as lamúrias e os rios de lágrimas surgirem e desaparecerem no tempo certo, sem exageros, por favor! Viver é muito bom, intenso, mágico, trágico, seja como for não dá para passar por ela como um barco à deriva. Temos o livre arbítrio, por isso não existe essa de deixar que a vida nos leve ou que seja “como Deus quiser”. Se Ele nos deu a livre escolha somos responsáveis por nossas elas. O passado está lá trás (não retornará mais), o futuro nem chegou (desconhecemos até se estaremos nele), nosso presente é mesmo um “PRESENTE”, abra e dê algum significado a ele. O mais engraçado tem sido ver gente grande agindo feito criança, brincando de “faz de conta”, sempre no mundo das idéias e dos planos nunca arriscados, paralisados no “se”: “se eu fosse”, “se eu pudesse”, etc. Mas o que ou quem impede a corrermos riscos? Sim, nós temos desculpas para isso também.
Arrisquemo-nos! Boa-sorte para você também!

sábado, 17 de abril de 2010

A criança está vida cá dentro, o tempo inteiro de uma vida.

Se eu tivesse que ser uma boneca seria a Emília.
Estive relendo Monteiro Lobato e viajei no tempo, voltei a minha infância, lembrei do Sítio do Pica-Pau Amarelo (versão televisiva), de seus personagens mais marcantes, das histórias transmitidas por Dona Benta, das aventuras vividas por Pedrinho, Narizinho, Visconde de Sabugosa, Tia Nastácia, Tio Barnabé, Saci, Marquês de Rabicó, Zé Carneiro, Cuca e, é claro Emília. Recordei do Reino das Águas Claras, do príncipe encantado e certo de que iria se casar com Narizinho. De todas as lembranças que puxei de minha memória sobre o Sítio, é marcante a presença da boneca de pano Emília. Que delícia de personagem aquela boneca! Emília é inteligente, imaginativa, astuciosa e muito teimosa, possuidora de todas as virtudes que muita gente grande gostaria de ter. Onde será que a ficção imita a vida? Hoje me sinto Emília, meio moleca, meio mulher, mas certa de ser gente, não de pano.
Vejam o que encontrei na net sobre a referida boneca:

Emília, na trama criada por Lobato, foi feita por Tia Nastácia para a menina Narizinho. Nasce muda e é curada pelo doutor Caramujo, que lhe receitou uma "pílula falante". Emília, então, desembesta a falar: "Estou com um horrível gosto de sapo na boca!". Narizinho, preocupada, pediu ao "doutor" que a fizesse vomitar aquela pílula e engolir uma mais fraquinha. Mas, explicou Caramujo, aquilo era "fala recolhida", que não podia mais ficar "entalada". Ela é conhecida por volta e meia "abrir sua torneirinha de asneiras", principalmente quando quer explicar algo de difícil explicação ou justificar uma ação ou vontade. Além de falar muito, também costuma trocar os nomes de coisas ou pessoas por versões com sonoridade semelhante.
Emília é uma boneca de pano, recheada de macela. Em muitas histórias, ela troca de vestido, é consertada ou é recheada novamente. Narizinho também faz e refaz suas sobrancelhas (segundo Reinações de Narizinho) e seus olhos (que são de retrós e por isso arrebentam se Emília os arregala demais). Ela é capaz de andar e se movimentar livremente, porém muitas vezes é tratada por Narizinho como uma boneca comum e é "enfiada no bolso".
(Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Em%C3%ADlia).



P.S.: Eu tive uma igualzinha a essa da foto!!!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Experiências + reflexões = novas perspectivas.

Estou grata por finalmente conseguir analisar por outro ângulo o fato de "estar só", circunstância, talvez passageira, ela já não me parece tão funesta quanto eu a concebia. Percebo que não me visitam mais os sentimentos corrosivos trazidos pelas ideias infelizes de solidão, de precisar estar com alguém para me sentir melhor, na ignorante cegueira de acreditar na fictícia segurança de que se estar junto a alguém é inquestionavelmente mais confortante viver as diversas situações que a vida nos proporciona. A vida nos proporciona tudo de bom e de ruim independente de estarmos sós ou acompanhados, e isso não inviabiliza que compartilhemos todas esses experiências na mesma intensidade sem depender de ninguém.
Não posso negar que sinto falta de estar apaixonada, na companhia de um homem também apaixonado, que me faça rir, cause arrepios só de pensar no seu intenso abraço, suas carícias, seus intensos beijos ao encontrá-lo, me fazendo correr depois do trabalho para estar junto a ele, contar como foi meu dia, perguntar pelo seu, de voltar a ter aquela sensação deliciosa de não precisar de muita coisa para ser feliz. Nesse sentido, penso que somaríamos um ao outro, num movimento natural de complementariamente necessária às pessoas que se doam por amor, em que sonhos e projetos de vida seriam não obrigatoriamente semelhantes, mas complementares. Não busco um homem que pense e faça exatamente as mesmas coisas que eu, busco quem me complemente com sua diferença, com sua graça. Imagino a possibilidade de duas singularidades que se casam numa intenção, por vezes velada, mas sustentada pelo simples desejo de fazermos um ao outro feliz. Enquanto dure o amor que seja intenso e verdadeiro. Como diriam uma amiga: você é mesmo uma romântica incorrigível! Eu responderia: Não como outrora, mas ainda com fé no amor verdadeiro, se vier será maravilhoso, se não vier continuarei bem vivendo, sonhando, sorrindo e fazendo as pessoas quem eu amo felizes ao meu modo.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Nosso estranho amor.

Amo essa música, já tive estranhos amores, mas não compreendo como alguém pode não se importar com quem se deite ou se deleite seu amor?


Nosso Estranho Amor (Caetano Veloso)


Não quero sugar todo seu leite
Nem quero você enfeite do meu ser
Apenas te peço que respeite
O meu louco querer
Não importa com quem você se deite
Que você se deleite seja com quem for
Apenas te peço que aceite
O meu estranho amor
Ah! Mainha deixa o ciúme chegar
Deixa o ciúme passar e sigamos juntos
Ah! Neguinha deixa eu gostar de você
Prá lá do meu coração não me diga
Nunca não
Teu corpo combina com meu jeito
Nós dois fomos feitos muito pra nós dois
Não valem dramáticos efeitos
Mas o que está depois
Não vamos fuçar nossos defeitos
Cravar sobre o peito as unhas do rancor
Lutemos mas só pelo direito
Ao nosso estranho amor

Mas o que seria viver sem correr riscos?

Quantas portas deixamos de abrir pelo medo de arriscar? Quantas vezes perdemos a liberdade, apenas por sentirmos medo de abrir a porta de nossos sonhos?

Achei gracioso o gesto de me mandar essa mensagem. Concordo com o autor e faço minhas suas indagações. Meu estilo sempre foi, mesmo convivendo tangencialmente com o medo e a ansiedade, me arriscando em projetos grandes e pequenos. Detesto situações “neutras”, como a de “deixar a vida me levar”.
Minha vida e meu trabalho demandam que eu escute com frenquência as pessoas. Mas, meu desejo segue num intuito de melhorar minha capacidade de acolher-lhas tanto em suas alegrias como em seus dissabores diante da vida. O que os levam até mim? Seus dissabores.
Creio que as pessoas não são divididas em covardes e corajosas, todas tem sonhos, almejam encontrar seu porto seguro e viver sem medo de sofrer. Porém, a vida não é uma Disneylância. Seguir em direção ao que se quer é correr riscos: pode-se ganhar ou perder. Porém, alguns esquecem que “perder” faz parte de nosso crescimento, e fracassos, podem transformar uma vida medíocre numa mais valorosa.

domingo, 4 de abril de 2010

Será sempre bom saber o que queremos das pessoas?

Às vezes supomos precisar de alguém ou de certas coisas para conseguir nos equilibrar, não nos sentir sozinhos e felizes. Acreditamos que tê-los é essencial para seguir em frente, mesmo nos piores momentos, quando a vida não oferece trégua e só nos demanda fortaleza e atitude para seguir em frente de cabeça erguida. Será que essas pessoas e coisas são tão essenciais assim? Será que somos da mesma forma tão especiais para aquelas pessoas que acreditamos não viver sem elas?

UMA ENTRE TANTAS DECEPÇÕES.

Hoje me decepcionei profundamente com um personagem. Se havia alguém que apostava naquela história era eu. Eu li o livro que relatava a trajetória de uma família, um casal que se amava, conseguindo driblar certos infortúnios que a vida em comum traz, mas o descuido infeliz de uma das partes deixou que história deles ficasse por um fio. Impressionante como uma grande tolice, uma infantilidade inconsequente pode deixar duas vidas de ponta cabeça.

Tenho aprendido muito com a vida e sobrevivido com a falta de caráter e o falso moralismo de muita gente, mas quando isso parte de um amigo de quem se admira muito, tudo embola e fica fora do lugar na mente aparentemente lúcida, sem mais distinguir o que é ou não correto. Será que conhecemos mesmo as pessoas que optamos por fazer parte de nossa vida? Custo a aceitar que o egoísmo impera sobre as escolhas baseadas no que acreditamos ser o correto por respeito a quem dizemos amar. Creio que se não sou verdadeira com as pessoas que eu digo acredito amar, como posso saber se sou verdadeira comigo mesma? A geração que se afirma madura por estar na fase dos quarenta, não pode vir com crises adolescentes: “Foi sem querer!!!”, “Eu não pensei nas conseqüências!!!”, “Foi uma bobagem!!!”, “Me desculpe!!!”, “Sinto muito!!!”.

Penso que sempre há uma segunda chance para quem realmente a merece. Desculpar-se não é suficiente.

Como eu gostaria que a reflexão sobre desses deslizes sirvam àqueles que constantemente arriscam o melhor que puderam construir em suas vidas por uma vil aventura.



sexta-feira, 2 de abril de 2010

Acontece agora. Depois serão boas lembranças.

Que delícia estar rodeada de carinho, estar com meus irmãos e sobrinhos, indescritível. Nesse momento é inevitável esquecer dos problemas, até mesmo o vaziozinho no peito desaparece. Mas claro, pois neste momento encontra-se muito bem torneado com a mais linda das bordas feita da presença de gente amada que alguém sonha querer para si.

Declaração de amor (do Alê para mim).

- Madrinha, posso te dizer uma coisa??? Madrinha, me escuta!!! Você sabia que lá em São Paulo, muito longe daqui, meu coração fica pensado em você?
- Eu não sabia meu amor, mas a titia também pensa muito em você.

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