quarta-feira, 14 de abril de 2010

Nosso estranho amor.

Amo essa música, já tive estranhos amores, mas não compreendo como alguém pode não se importar com quem se deite ou se deleite seu amor?


Nosso Estranho Amor (Caetano Veloso)


Não quero sugar todo seu leite
Nem quero você enfeite do meu ser
Apenas te peço que respeite
O meu louco querer
Não importa com quem você se deite
Que você se deleite seja com quem for
Apenas te peço que aceite
O meu estranho amor
Ah! Mainha deixa o ciúme chegar
Deixa o ciúme passar e sigamos juntos
Ah! Neguinha deixa eu gostar de você
Prá lá do meu coração não me diga
Nunca não
Teu corpo combina com meu jeito
Nós dois fomos feitos muito pra nós dois
Não valem dramáticos efeitos
Mas o que está depois
Não vamos fuçar nossos defeitos
Cravar sobre o peito as unhas do rancor
Lutemos mas só pelo direito
Ao nosso estranho amor

Mas o que seria viver sem correr riscos?

Quantas portas deixamos de abrir pelo medo de arriscar? Quantas vezes perdemos a liberdade, apenas por sentirmos medo de abrir a porta de nossos sonhos?

Achei gracioso o gesto de me mandar essa mensagem. Concordo com o autor e faço minhas suas indagações. Meu estilo sempre foi, mesmo convivendo tangencialmente com o medo e a ansiedade, me arriscando em projetos grandes e pequenos. Detesto situações “neutras”, como a de “deixar a vida me levar”.
Minha vida e meu trabalho demandam que eu escute com frenquência as pessoas. Mas, meu desejo segue num intuito de melhorar minha capacidade de acolher-lhas tanto em suas alegrias como em seus dissabores diante da vida. O que os levam até mim? Seus dissabores.
Creio que as pessoas não são divididas em covardes e corajosas, todas tem sonhos, almejam encontrar seu porto seguro e viver sem medo de sofrer. Porém, a vida não é uma Disneylância. Seguir em direção ao que se quer é correr riscos: pode-se ganhar ou perder. Porém, alguns esquecem que “perder” faz parte de nosso crescimento, e fracassos, podem transformar uma vida medíocre numa mais valorosa.

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