Hoje me decepcionei profundamente com um personagem. Se havia alguém que apostava naquela história era eu. Eu li o livro que relatava a trajetória de uma família, um casal que se amava, conseguindo driblar certos infortúnios que a vida em comum traz, mas o descuido infeliz de uma das partes deixou que história deles ficasse por um fio. Impressionante como uma grande tolice, uma infantilidade inconsequente pode deixar duas vidas de ponta cabeça.
Tenho aprendido muito com a vida e sobrevivido com a falta de caráter e o falso moralismo de muita gente, mas quando isso parte de um amigo de quem se admira muito, tudo embola e fica fora do lugar na mente aparentemente lúcida, sem mais distinguir o que é ou não correto. Será que conhecemos mesmo as pessoas que optamos por fazer parte de nossa vida? Custo a aceitar que o egoísmo impera sobre as escolhas baseadas no que acreditamos ser o correto por respeito a quem dizemos amar. Creio que se não sou verdadeira com as pessoas que eu digo acredito amar, como posso saber se sou verdadeira comigo mesma? A geração que se afirma madura por estar na fase dos quarenta, não pode vir com crises adolescentes: “Foi sem querer!!!”, “Eu não pensei nas conseqüências!!!”, “Foi uma bobagem!!!”, “Me desculpe!!!”, “Sinto muito!!!”.
Penso que sempre há uma segunda chance para quem realmente a merece. Desculpar-se não é suficiente.
Como eu gostaria que a reflexão sobre desses deslizes sirvam àqueles que constantemente arriscam o melhor que puderam construir em suas vidas por uma vil aventura.
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