segunda-feira, 31 de maio de 2010

Foi preciso se revirar por dentro.


Não. Ela não havia planejado ficar só. Sonhava em terminar seus dias ao lado de seu pretenso amor. Sofreu muito por antecipação do que não realmente aconteceu. Ele se foi e ela não morreu como o amor que ele tinha por ela. Aguentou muito mais do que um dia havia deslumbrado passar. No início, após o rompimento e partida dele para o passado, sentiu-se frágil e deslocada. Perdida entre desejos de morte ou homicídio não pode ver de imediato a grande fantasia que criara em sua janela para o mundo e tolamente imaginava no que dizer aos mais próximos que ela estava só. Como se isso não fosse o seu melhor para dali em diante. Ela percebeu que estar só não significa despir-se da doçura e da beleza de ser. Foi a partir de então que ela passou a ser a mulher que todo homem um dia gostaria de compartilhar sua vida, mesmo que por um breve tempo.

domingo, 23 de maio de 2010

Não, não são apenas viagens.


Viajar é sempre muito bom. Em cada uma delas retomo a minha viagem interior. Às vezes, essas experiências são muito cansativas, psíquica e fisicamente, arrisco-me a dizer que em todas, a seu final, sinto-me revigorar a alma. Meu despertar para alguns fatos se asemelha a tomá-los com outras perspectivas.



sábado, 15 de maio de 2010

Desesperar, jamais!


Às vezes, do nada, me vem a cabeça uma música e daí passo boa parte do dia cantalorando. Hoje, despertei com essa do Ivan Lins. Acredito que tenha alguma relação com alguns conteúdos de meu sonho da noite anteior, melhor dizendo, pesadêlo. Não que eu me encontre numa situação desesperadoda no momento, pelo menos, neste momento não.  Mas quem nunca se viu quase lá, na boca do lobo ou a milimetros do abismo?

DESESPERAR JAMAIS - Ivan Lins


Desesperar jamais
Aprendemos muito nesses anos
Afinal de contas não tem cabimento
Entregar o jogo no primeiro tempo


Nada de correr da raia
Nada de morrer na praia
Nada! Nada! Nada de esquecer


No balanço de perdas e danos
Já tivemos muitos desenganos
Já tivemos muito que chorar
Mas agora, acho que chegou a hora
De fazer Valer o dito popular
Desesperar jamais
Cutucou por baixo, o de cima cai
Desesperar jamais
Cutucou com jeito, não levanta mais

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Efeito Nilo.


Estive com uma velha amiga neste fim de semana, como havia dois anos que não nos víamos perguntei como estava e ela me contou:
- Agora estou ótima. Passei por uma perda avassaladora, meu relacionamento acabou e eu achei que não iria aquentar viver sem ele, sem sua companhia, seu apoio, sem seu corpo, cheiro e blábláblá,... enfim, uma infinidade de coisas que só alguém enlouquecidamente dependente de outra podia acreditar precisar para viver. Passei meses tentando lidar com a derrota me ver em mais um fim de relacionamento, tive depressão, emagreci dez quilos, cortei as madeixas, pedi férias da família, dos amigos, do trabalho fui para o Egito. Nunca sonhei que iria tão longe sozinha, eu pensava que era injusto de mais amar tanto alguém e mesmo assim ser deixada para trás. Mesmo pensando absurdos sobre eu mesma e o futuro sem ele, não fui atrás, não pedi explicações, apenas sofri e chorei muito. Achei que era uma questão de tempo, afinal não era a primeira vez que passava aquilo, mas... PUTZ, de novo! A princípio falava da falta e da saudade doída na alma, mas decorrido algum tempo (meses), percebi que tais sentimentos eram puramente em decorrência da abstinência da droga que ele se tornou em minha vida. O problema não era ele, afinal fui eu que o escolhi, porém o modo como eu me inseria no “nós dois”, de como eu havia construído uma teoria ilusória sobre algo que não se sustentaria nunca.

Depois de ouvi-la atentamente, cheguei a conclusão que ela nunca estivera tão bem. Deve ter sido efeito do Egito, a visão do Nilo, da Esfinge, sei lá.

domingo, 2 de maio de 2010

Mais uma vez, Alice.

Diálogo entre Alice e o Gato de Cheshire em Alice no País das Maravilhas de Lewis Carroll:

"(...) Poderiamedizer,porfavor, que caminho devo tomar para sair daqui?"
"Isso depende bastante de onde você quer chegar", disse o Gato.
"O lugar não me importa muito...", disse Alice.
"Então não importa que caminho você vai tomar", disse o Gato."... desde chegue em algum lugar", disse o Gato, "se caminhar bastante".

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